Pré-candidato à Presidência em 2018 e novo comandante do PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse ser favorável ao fechamento de questão para aprovar a reforma da Previdência, o que obrigaria todos os deputados e senadores tucanos a votarem a favor da proposta, sob pena de serem punidos.

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“Eu pessoalmente sou favorável. Fiz a reforma da Previdência em São Paulo em 2011. Minha posição pessoal é pelo fechamento de questão. Mas, além do apoio da Executiva Nacional do partido, é preciso do apoio da bancada”, afirmou Alckmin, em entrevista coletiva, após a convenção nacional que o elegeu presidente da sigla.

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez uma defesa ainda mais contundente da proposta de mudança nas regras para se aposentar. Disse que a discussão sobre o tema não deve estar vinculada ao medo de impacto na disputa eleitoral. “Não podemos fechar os olhos. Temos de explicar o porquê votamos sem medo das eleições. Ganhei do Lula duas vezes”, afirmou, cobrando “energia” do partido sobre a questão.

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Em 1998, o ex-presidente conseguiu aprovar uma mudança na Previdência: a criação de uma idade mínima para a aposentadoria dos servidores. Ele tentou também a imposição de um piso etário para os trabalhadores do setor privado, vinculados ao INSS, mas foi derrotado. A votação é lembrada até hoje porque o governo perdeu por um voto. Uma das abstenções naquela votação foi a do deputado tucano Antonio Kandir, ex-ministro do Planejamento de FHC, que alegou ter errado o voto.

O deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que deixou anteontem o comando da Secretaria de Governo, defendeu uma votação “expressiva” do partido a favor da reforma da Previdência. “A gente espera que o PSDB, mantendo essa linha programática, apoie maciçamente a reforma.” O parlamentar reforçou que a posição dos tucanos é determinante para o avanço da proposta de emenda à Constituição (PEC) – são necessários 308 votos na Câmara para aprová-la.

O tucano disse que viu uma melhora expressiva no ambiente favorável à votação da reforma e que isso deve se consolidar na próxima semana. Segundo ele, a base aliada está se aproximando dos votos necessários.

O senador tucano Tasso Jereissati (CE) afirmou que não depende do PSDB colocar a reforma da Previdência para votar neste ano e que a sigla vai “entrar em campo” no processo de convencimento por sua aprovação. “O partido é a favor da reforma da Previdência. O fechamento de questão é importante, definir bem a posição do partido”, disse o senador que foi destituído da função de presidente interino do partido por Aécio Neves (MG).

No Placar da Previdência, elaborado pelo Grupo Estado, apenas seis de 46 deputados tucanos se declararam a favor da reforma. Doze afirmaram que votarão contra a proposta e dez se disseram indecisos. Outros 18 não quiseram responder. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.