O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta segunda-feira, 23, que publicará até esta terça, 24, a ata das reuniões do Movimento Transparência, comissão criada pelo tucano para investigar a suspeita de formação de cartel em obras do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Reportagem publicada pelo Estado mostra que os membros da própria comissão reclamam da falta de divulgação do material relacionado ao tema.

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Alckmin disse ser “totalmente favorável” à publicidade dos documentos. “Não sei por que não foi publicado. Vai ser publicado. O que não pode ser publicado é o que esteja sob sigilo de justiça, não que a gente não queira”, disse o dirigente.

Perguntando quando essas informações estarão à disposição dos internautas, o governador disse “hoje” ou “amanhã”. “Hoje [segunda] cedo eu despachei com o Edson (Aparecido, secretário da Casa Civil) e eu falei que é liberdade total. Pode publicar o que quiser, acho até bom, para que as pessoas acompanhem o trabalho da comissão, que é uma comissão de alto nível, que não é do governo, para acompanhar o trabalho.”

A comissão, inicialmente batizada de Movimento Transparência, mas foi renomeada para Grupo Externo de Acompanhamento a pedido das entidades que compõem o movimento.

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Vazamento de informações

O tucano falou ainda sobre a denúncia veiculada pelo jornal Folha de S.Paulo a respeito do suposto vazamento de informações feito pelo atual secretário-executivo do Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas, Pedro Benvenuto, quando era gestor na Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos , a um consultor externo, José Fagali Neto. As informações versariam sobre investimentos do governo no Metrô e na CPTM. Fagali Neto é irmão do então presidente do Metrô de São Paulo, José Jorge Fagali.

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“A Corregedoria Geral da Administração, que é o doutor Gustavo Húngaro, demos a ele a ordem expressa para fazer a investigação completa, não ter nenhuma dúvida. Se tiver algum servidor público envolvido em irregularidade, ele será responsabilizado. Então, vamos aguardar”, disse Alckmin.

O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, contudo, comentou sobre o suposto vazamento de dados por Benvenuto e disse que não tem controle sobre todas as ações de seus subordinados.”Eu não tenho controle. Nem eu, nem você, nem ninguém. O que a pessoa faz à noite, ou faz fim de semana, ou faz na hora do almoço. Isso é da pessoa”, afirmou Fernandes, que ocupava o mesmo cargo em 2006, na segunda gestão de Geraldo Alckmin (PSDB) à frente do governo do Estado.

O tucano acrescentou que Benvenuto segue no cargo. ” Vamos aguardar o início, ao menos, da investigação. Todos os fatos que ocorrem a corregedoria imediatamente apura.”