Foto: Lucimar do Carmo/O Estado |
Bornhausen: presidente do PFL pediu um esforço regional pelo segundo turno. continua após a publicidade |
Disposto a apostar as últimas fichas da campanha eleitoral na região sul, onde o comando tucano acha que é possível provocar o segundo turno das eleições presidenciais, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, traz sua campanha hoje a Curitiba e Região Metropolitana e amanhã, sábado, vai a Blumenau, Brusque e Joinville, em Santa Catarina. Ele termina o roteiro em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.
Na conversa reservada que teve ontem à tarde, em Curitiba, com o prefeito da capital, Beto Richa (PSDB), coordenador da campanha de Alckmin no Paraná, o presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, disse que é preciso que as lideranças dos dois partidos façam um esforço final para que Alckmin conquiste no sul o número de votos que faltam para que ele consiga provocar um segundo turno com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que conforme as pesquisas de intenções de votos está com vinte e dois pontos percentuais de vantagem sobre o tucano. Bornhausen veio manifestar apoio à candidatura do ex-deputado Rubens Bueno (PPS) ao governo.
O prefeito de Curitiba Beto Richa acredita que é possível o segundo turno. ?Este é momento em que o eleitor começa a definir e consolidar o seu voto. É a hora de entrarmos em cena, mudar o clima da campanha e promover a grande virada destas eleições?, discursou Beto, durante encontro realizado terça-feira passada no comitê central da campanha presidencial, em Curitiba.
Palanque
Alckmin chega a Curitiba por volta das 15 horas e vai direto para o terminal de transporte coletivo do Boqueirão, onde concede entrevista. Ele fará uma carreata de doze quilômetros, saindo do Boqueirão, passando pelo Sítio Cercado e Bairro Novo. Depois, Alckmin vai a São José dos Pinhais, onde fará uma caminhada pelo centro da cidade e um comício, na Rua XV de Novembro, Praça 8 de Janeiro, às 19 horas.
Desta vez, o candidato ao governo pelo PPS, Rubens Bueno, terá exclusividade no palanque de Alckmin no Paraná. Ele será o único candidato ao governo que estará no roteiro, já que o PPS está apoiando informalmente Alckmin.
O senador Osmar Dias, que na visita anterior de Alckmin, em 17 de agosto, participou da recepção ao candidato e foi criticado por Bueno, não participa da agenda. Osmar está em Pato Branco e de lá segue diretamente para Paranaguá, cumprindo a sua própria agenda de campanha.
Protocolo
Até ontem à tarde, o governador em exercício Hermas Brandão (PSDB) não havia decidido ainda se iria encontrar com o candidato tucano à Presidência da República. Brandão que, em agosto, declarou apoio a Alckmin, estava ontem no interior do Estado e não sabia se sua agenda oficial permitiria a volta a Curitiba para um encontro com Alckmin.
Sobre a estratégia de Alckmin de reforçar a campanha no sul, Brandão comentou que o tucano perdeu um espaço significativo no Estado ao não defender a manutenção da aliança com o PMDB no Paraná. A aliança foi anulada pela direção nacional. Para Brandão, o prejuízo de Alckmin convertido em números resulta em um milhão de votos.
Cabo eleitoral
Bornhausen gravou participação no programa eleitoral de Bueno e comentou que a estratégia da campanha de Alckmin está correta. ?Em uma primeira fase, procuramos fazer com que Geraldo se tornasse conhecido no restante do País, sendo que ele era conhecido apenas em São Paulo. Nesta segunda etapa, estamos buscando o contraste pela crítica, sinalizando a falta de zelo do governo atual com o dinheiro e as coisas públicas?, afirmou.