politica

Alckmin escolhe cautela e evita imprensa em dia turbulento para PSDB

No dia em que chegou de viagem dos Estados Unidos, para onde foi a fim de atrair investimentos e imprimir uma agenda positiva ao Estado de São Paulo e ao Brasil, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) acompanhou do Palácio dos Bandeirantes os desdobramentos das denúncias que atingiram o presidente Michel Temer (PMDB), fizeram Aécio Neves (PSDB-MG) sair da presidência do partido e chegaram a ameaçar o desembarque da legenda do governo.

Depois de cancelar uma agenda pública na capital paulista e gerar uma expectativa na imprensa para um possível pronunciamento nesta quinta-feira, 18, o tucano preferiu a cautela e passou o dia conversando com aliados e assistindo aos desdobramentos da crise que ocupa Brasília desde a noite de ontem.

Com jornalistas esperando no Palácio durante aproximadamente cinco horas, a assessoria de Alckmin afirmava que não era possível dizer se ele faria ou não alguma manifestação e que era necessário aguardar. O governador estava “bastante cauteloso” com os acontecimentos e esperava os fatos serem consumados, segundo fontes.

Uma das expectativas que levantava mais dúvidas no tucano era a eventual renúncia de Temer, o que não se confirmou com a negativa do próprio presidente. Após o discurso de Temer e a nota emitida por Aécio Neves deixando a presidência do partido e nomeando Tasso Jereissati (PSDB-CE) para o comando da legenda, Alckmin avaliou que o melhor era fazer uma nota ou gravar um vídeo, mas não se submeter a perguntas de jornalistas.

O conteúdo da manifestação ainda será definido com sua equipe com base nas conclusões de Alckmin e nos próximos desdobramentos. “Ele quer ver se 2 mais 2 é realmente 4 ou não, comentou um secretário.

Entre os deputados estaduais aliados ao governador, o clima também era de cautela. Enquanto deputados da oposição atacavam o presidente Michel Temer pelas denúncias, os parlamentares aliados a Alckmin também preferiram a cautela e, internamente, comemoravam o fato de o turbilhão não ter chegado ao governador, segunda um aliado do tucano na Assembleia Legislativa ouvido pela reportagem.

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