Depois de serem “lançados” por aliados como pré-candidatos ao Palácio do Planalto em 2018 pelo PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves (MG) finalizaram divisão de cargos na nova direção executiva do partido, que será eleita no domingo, em Brasília.
Fortalecidos pela reeleição de Alckmin no primeiro turno e pela expressiva votação dos tucanos em São Paulo em 2014, os paulistas emplacaram três nomes diretamente ligados ao governador em cargos estratégicos na máquina partidária.
O último deles foi definido nesta quinta, 2, na reta final da montagem da chapa que será apresentada na convenção da legenda: o deputado federal Eduardo Cury. Ele terá atuará na montagem dos palanques municipais do PSDB em 2016. Os outros dois são o deputado Silvio Torres, que será secretário-geral, e o ex-deputado José Aníbal, que presidirá o Instituto Teotônio Vilela.
Em uma articulação de última hora, o ex-governador Alberto Goldman foi escolhido para permanecer em uma das vice-presidência do PSDB. Ele indicado pelo grupo ligado ao senador José Serra e teve o nome chancelado pelos “alckmistas”. Presidente do partido, Aécio aceitou todas as exigências feitas pelos paulistas e dessa forma garantiu apoio para ser reconduzido ao comando da legenda para um novo mandato, que termina em 2017.
Festa da unidade
Ao custo de R$ 1 milhão, a convenção do PSDB está sendo formatada para que a dupla Aécio-Alckmin tenha destaque no palanque. A ideia, segundo um dos organizadores, é aproveitar a ocasião para dar uma demonstração de unidade. Mas para os paulistas o evento também servirá para deixar claro que o PSDB tem, hoje, dois nomes no linha de frente.