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Foto: Orlando Brito

Alckmin: ?Nós vamos chegar lá no nordeste e no norte?.

Apesar do descontentamento entre aliados com o ritmo de sua campanha e o mau desempenho nas pesquisas, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse ontem no Rio que ainda é possível forçar a realização de um segundo turno. ?Eu vejo na rua a boa receptividade?, disse Alckmin. ?Hoje faltam poucos pontos para ter segundo turno. Já tem segundo turno no sul, no sudeste e no centro-oeste. Vai ter, nós vamos chegar lá no nordeste e no norte.?

Segundo a última pesquisa do Datafolha divulgada esta semana, o presidente Lula subiu de 50% para 51% nas intenções de voto e venceria no primeiro turno, enquanto Alckmin manteve o índice de 27%. O ex-governador de São Paulo minimizou a decepção de aliados como o senador Heráclito Fortes (PFL-PI), que classificou como ?canoa furada? a campanha do tucano, da qual é um dos coordenadores.

?Foi uma frase totalmente fora de contexto. Aliás, ele acabou de me ligar aqui. As pessoas se impressionam muito com essa história de pesquisa. É importante ter apreço pela democracia. A pesquisa que vale é a do dia da eleição?, disse Alckmin. Para ele, agora é que os programas de governo começam a ser discutidos.

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O tucano criticou o presidente Lula candidato à reeleição, por fugir de entrevistas e debates e disse que um segundo turno facilitaria sua estratégia de estabelecer uma comparação entre ele e o presidente. ?O meu adversário está com salto número 15. Eu vou com as sandálias da humildade?, declarou o candidato, em visita à favela Rio das Pedras, em Jacarepaguá, na zona oeste da capital fluminense. ?O segundo turno é uma boa chance para o Lula prestar contas à sociedade de tudo o que aconteceu nesses anos. Ele, que foge de debates e só gosta de monólogo, vai poder esclarecer a sociedade brasileira?, afirmou Alckmin. Sobre a entrevista do presidente ao Estado por e-mail, o tucano disse que ainda não tinha lido todo o conteúdo, mas criticou: ?Muita desculpa. O Lula já teve a hora dele?.

Alckmin comentou a revisão para baixo da previsão do crescimento do PIB este ano pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de 3,8% para 3,3% e criticou a política econômica do governo. ?País forte é país que cresce. O Brasil está andando de lado, está uma pasmaceira?, definiu Alckmin, prometendo ?uma agenda do crescimento?. Segundo ele, os outros países emergentes crescem três vezes mais. 

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