Alckmin diz que corte no Orçamento é necessário para conter a inflação

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse hoje (12) que o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento da União, anunciado nesta semana pelo governo federal, é uma medida necessária para conter o avanço da inflação, mas que a decisão não pode prejudicar investimentos na área social. O ex-governador José Serra (PSDB), que acompanhou Alckmin, discordou: “Por enquanto é só espuma.” Serra, candidato derrotado na eleição presidencial, acrescentou: “(O corte) não está discriminado, explicitado, por enquanto é só espuma.” Os tucanos participaram de cerimônia de entrega de casas populares em Ribeirão Preto e Sertãozinho, no interior de São Paulo.

Para Alckmin, os investimentos devem ser preservados dos cortes. “Entendo que a política fiscal brasileira precisa ser mais dura, então acho que isso é necessário para não deixar a inflação crescer, pois no ano passado tivemos a inflação bem acima da meta”, comentou o governador. “Mas o importante é que o corte não seja feito em investimentos, especialmente na área social.”

Sobre o futuro do PSDB, Serra não quis falar, mesmo questionado duas vezes. Alckmin afirmou que o partido “estará unido para servir ao Brasil e ao povo brasileiro”, evitando comentar questões partidárias internas. Em seu discurso, Alckmin destacou a importância do Brasil ter “partidos políticos com programas, propostas, preparados para a alternância no poder”. Citou o ex-governador Mário Covas como exemplo da legenda tucana em responsabilidade fiscal.

Essa foi a primeira visita de Serra ao lado de Alckmin no interior paulista neste ano. Durante a entrega de casas, Serra alfinetou o governo federal: “É o único programa dirigido a famílias com renda até um salário mínimo, porque o Minha Casa, Minha Vida não andou nessa parte, sem contar a qualidade das casas”, referindo-se ao maior programa dos governos Lula e Dilma.

Alckmin entregou 160 casas construídas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), para famílias que irão sair da Favela Itápolis, próxima ao Aeroporto Leite Lopes. Em Sertãozinho, entregaria 520 matrículas para famílias de outro conjunto habitacional da CDHU.

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