Alckmin desconversa sobre Bruno Covas, mas o elogia

O governador Geraldo Alckmin até tentou desconversar, mas não conseguiu deixar de ressaltar o que ele chama de “vocação para servir” como um dos atributos elogiáveis de seu secretário de Meio Ambiente, Bruno Covas, integrante da lista de pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo.

Hoje, durante rápida entrevista que concedeu ainda no Parque Ecológico do Tietê, na Zona Leste da capital paulista o governador foi questionado sobre se o fato de seu secretário estar transferindo o título de eleitor de Santos (Litoral Paulista) para a capital não seria uma prova de que ele poderia encabeçar a chapa do PSDB para a disputar a Prefeitura no ano que vem.

“Olha, esse é um tema para o ano que vem”, desconversou Alckmin. Em seguida emendou: “Ele está transferindo o título porque o prazo é agora na semana que vem. Mas é um tema para ser decidido no ano que vem e é uma decisão partidária. É uma decisão coletiva”, ressaltou o governador. A tentativa de Alckmin de desconversar sobre a pré-candidatura de Bruno Covas ao pleito municipal se justifica porque, conforme relata em coluna publicada hoje no AE Broadcast e amanhã no Estado o jornalista João Bosco Rabello, “aumenta a resistência no PSDB à tentativa do governador Geraldo Alckmin de impor a candidatura de Bruno Covas à prefeitura, sem a realização de prévias”.

Contudo, Alckmin não resistiu à tentação de tecer publicamente uma série de elogios ao secretário. “Eu vejo uma vocação de servir. O Bruno herdou do avô Mário Covas todas as suas qualidades. Honradez, honestidade e dedicação a serviço da população”, disse.

Em nenhum momento o governador citou os nomes de outros pré-candidatos tucanos, como Andrea Matarazzo, José Aníbal e Ricardo Trípoli, deputado federal pelo PSDB paulista e que esteve ao seu do lado no palco em que dos dois discursaram no encerramento das atividades comemorativas ao Dia do Tietê. Trípoli, inclusive, assinou o manifesto Tietê Vivo – Compromisso de todos nós, que conta com outras um milhão de assinaturas em defesa da despoluição do Rio Tietê, que corta São Paulo desde seu nascedouro, no município paulista de Salesópolis, até o Paraná.

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