O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), condenou hoje a interferência do Presidente Lula no processo e na disputa sucessória à Presidência da República e nos Estados. “O presidente da República tem o direito de apoiar os seus candidatos”, disse Alckmin em entrevista coletiva no aeroporto de Goiânia. “O que não pode é agir não como chefe de Estado, mas cometendo injustiças contra o Serra, que foi agredido no Rio de Janeiro”.
Alckmin comentou que na reta final das campanhas deveria estar prevalecendo o embate de ideias e das propostas. No entanto, o que ocorre é diferente: “O que vemos? Agressão física, uma campanha de baixo nível, mas nós estamos solidários ao José Serra”. O governador demonstrou indignação com os fatos ocorridos no Rio, quando Serra foi atingido por um objeto durante caminhada: “Política se deve fazer com ética e não dessa forma”, firmou. Sem citar nomes, mandou um recado: “Isabelita Peron dizia: fale muito das coisas, pouco das pessoas e nada sobre você”.
Geraldo Alckmin esteve em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Trindade para intensificar as campanhas tucanas de José Serra e Marconi Perilo. O governador paulista se disse otimista com o desempenho do presidenciável José Serra no País, mas entende que a reta final da campanha será decisiva nas aspirações dos tucanos, devido à guerra das pesquisas de intenção de votos, e à interferência do Presidente Lula no processo sucessório.
“Estive no Acre e lá nós vamos passar dos 60% dos votos; no Mato Grosso, em São Paulo e em Minas Gerais também estamos otimistas, mas esta semana será decisiva para nós”, disse em entrevista coletiva. Em Goiás, o presidenciável José Serra e candidato ao governo estadual, Marconi Perillo, lideram na pesquisa do Ibope.