O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em visita ao interior do Estado nesta sexta-feira, 21, citou o ex-governador Mário Covas para se defender das denúncias contra ele apresentadas na Operação Lava Jato. Recebido com faixas de apoio e declarações de lealdade em Patrocínio Paulista (SP), Alckmin foi perguntado se não teme perder prestígio com as acusações feitas nas delações premiadas. “Mário Covas dizia que o povo erra menos que as elites”, afirmou, ao assegurar que acredita que o povo “vai separar as coisas”.

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Ele também criticou a grande quantidade de partidos no País, o que, de acordo com o governador, faz com que hoje funcionem como “partido-empresa”. Alckmin voltou a dizer que a campanha dele foi realizada dentro da lei. “Tenho 40 anos de vida pública, modesta e dedicada à nossa população, e a consciência absolutamente limpa”, afirmou.

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Indagado se as legendas sobreviverão às denúncias, o governador de São Paulo alegou que o Brasil precisa de reforma política porque não seria possível existirem 35 siglas. “Você não tem 35 ideologias”, argumentou. “Então, é partido-empresa para pegar recursos do Fundo Partidário. Isso é um absurdo.” De acordo com Alckmin, é preciso a reforma partidária “para ter menos partidos, para ter partidos mais programáticos”.

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Moradias

Alckmin esteve nesta sexta-feira inaugurando obras no interior de São Paulo. Em Patrocínio Paulista, foram 206 casas do programa Morar Bem, Viver Melhor, sorteadas em meio a aplausos e muita festa.

Questionado sobre projetos discutidos por vereadores da região para acabar com os sorteios, que seriam “eleitoreiros”, o governador defendeu esta forma de entrega de residências: “Antigamente, era vereador indica, deputado indica… Não pode”, alegou, e voltou a citar o ex-governador: “Então, Mário Covas instituiu o sorteio”.