Alckmin cai, Heloísa sobe e Lula dispara

A intenção de voto em Lula cresceu 3,8 pontos porcentuais em um mês e pulou de 44,1% para 47,9%, enquanto o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) despencou 7,5 pontos caindo de 27,2% para 19,7%, e a senadora Heloísa Helena (PSOL) subiu de 5,4% para 9,3%. Os números são da pesquisa CNT/Sensus e foram divulgados ontem.

O diretor do Sensus, Ricardo Guedes, citou três hipóteses para explicar a queda de Alckmin. A primeira é que o eleitorado estaria percebendo que ele tem pouca chance de ganhar a eleição (isso teria acontecido pouco depois de o tucano apresentar o seu maior crescimento); a segunda é que haveria influência dos novos ataques do crime organizado em São Paulo (mas a pesquisa foi a campo entre os dias 1.º e 4, antes dos últimos ataques); e a terceira, que ele tem sido pouco eficiente em suas aparições públicas.

Na simulação de segundo turno Lula venceria Alckmin por 52,5% (48,6% há um mês) a 29,8% (35,8%) e a senadora Heloísa Helena, que não cresceu, por 56,9% (54,7% em julho) a 22,7% (22 6%). A rejeição de Lula caiu: 27% dos eleitores não votariam nele (32,4% em julho); a de Alckmin subiu de 35,8% para 37,6%; e a de Heloísa caiu de 46,4% para 41,7%.

Segundo a pesquisa, Alckmin caiu em todas as regiões, com destaque para o Sudeste, onde aparecia empatado com Lula em julho, e agora perdeu 10,8 pontos, caindo de 32,4% para 21,6%. Lula, ao contrário, subiu em todas as regiões, com destaque para o Norte/Centro-Oeste, onde tinha 40,5% em julho e agora tem 47 4%.

Alckmin caiu em todos os segmentos de escolaridade; Lula subiu em todos eles, menos entre os eleitores que têm ensino superior, no qual só Heloísa subiu, saltando de 10,9% para 17,9% Na zona sul do Rio Heloísa está em primeiro lugar.

Segundo a pesquisa, o eleitor pretende definir seu voto pelo conhecimento prévio do candidato (39%), pelos programas eleitorais (22,5%) e pelos debates entre os candidatos (19,3%). Por isso, 78,9% querem que Lula participe dos debates eleitorais da televisão.

Avaliação do governo

Avaliação do governo Lula voltou a subir, após curto intervalo de queda: chegou a 43,6%, a melhor desde dezembro de 2004; a avaliação negativa (15,6%) foi a melhor desde fevereiro de 2005, pouco antes de surgir o escândalo do mensalão. O desempenho do presidente ganhou 59,3% de aprovação, a melhor desde julho de 2005, e a desaprovação ficou em 32,5%, a mais baixa desde abril de 2005.

A grande maioria acha que os escândalos de corrupção estão sendo mais investigados por causa da ação da imprensa (38%) e porque existe indignação da população (28,2%); apenas 20 8% atribuem esse mérito à fiscalização do governo.

A pesquisa CNT/Sensus ouviu 2 mil eleitores brasileiros, em 195 municípios de 24 Estados entre os dias 1º e 4 de agosto, com uma margem de erro de 3 pontos porcentuais.

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