Um ano após embarcar no governo José Serra, o secretário de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSDB), tem uma situação política dentro e fora do partido que nem de longe lembra a de dois anos atrás. Além de reaproximar-se do governador, com quem teve queda de braço na eleição de 2008, ele tem visto crescer a aceitação de sua candidatura ao governo estadual pelo eleitorado. Isso está ligado, em parte, à agenda intensa de eventos e reuniões por todo o Estado. Em um ano de secretaria – que completa amanhã -, Alckmin passou mais de dois meses em visitas no interior e Grande São Paulo.
Foram 67 dias em viagem – sem contar idas ao exterior e a outros Estados -, totalizando 99 eventos em municípios de todas as regiões, uma média de dois compromissos por semana. O número de cidades visitadas (88) ajuda a ter ideia da maratona do ex-governador para ampliar sua popularidade e viabilizar a candidatura. As andanças são estimuladas pelo próprio Serra, que vê nisso um meio de dar visibilidade às ações de governo. Alckmin é responsável por uma das vitrines da gestão: o plano de expansão de escolas técnicas e faculdades de tecnologia.
O ex-governador disputa com o também secretário Aloysio Nunes Ferreira (Casa Civil) a vaga de candidato ao governo pelo PSDB. Aloysio é um dos homens fortes de Serra e vem trabalhando para ser o escolhido.
“Tivemos um ano em que as dissidências internas perderam relevância nas discussões do partido. Eu acredito que a definição entre Alckmin ou Aloysio se dará com tranquilidade e de forma consensual”, disse o presidente paulista do PSDB, deputado Mendes Thame.