O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), fez duras críticas ao PT e à maneira com o governo federal gerencia o setor da saúde pública durante um evento de campanha em Campinas (SP), na manhã de hoje.

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Alckmin disse que o partido da presidente Dilma Rousseff “não gosta de saúde” e que a crise generalizada no setor “tem nome: é o PT”.

O ataque veio durante uma caminhada de apoio ao candidato apoiado pelo tucano na disputa pela Prefeitura de Campinas, Jonas Donizette (PSB).

O socialista, que obteve 48% dos votos válidos na primeira etapa, disputará o segundo turno com o petista Marcio Pochmann (PT), que teve 29%.

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Segundo Alckmin, o governo federal reduziu de 60% para cerca de 40% sua participação no financiamento da saúde nos municípios.

“A população está envelhecendo, os tratamentos estão mais caros e o governo federal saindo do financiamento da saúde, hoje fica tudo nas costas dos Estados e das prefeituras.”

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Ao lado do governador, o candidato do PSB – partido da base do governo federal – disse que as críticas “fazem parte do debate político”.

Durante a caminhada no bairro Ouro Verde, Alckmin e Donizette foram atingidos por café lançado por uma mulher que acompanhava a militância. A reportagem não conseguiu falar com ela.

Um funcionário da delegacia da Polícia Civil do bairro disse que a mulher havia entrado minutos antes na unidade para pegar o café que atirou no governador e no candidato. Segundo o funcionário, a mulher é conhecida no bairro por gritar frases desconexas pelas ruas.

Questionado sobre o episódio, Alckmin disse: “adoro café, mas no bule. E violência não enche urna. Não é esse o caminho”. A campanha de Donizette não registrou boletim de ocorrência e não levantou suspeitas de ação política.

Pedágio

Durante o evento, Alckmin também disse que os adversários na cidade estão “desesperados” e voltou a afirmar que Campinas não terá cobrança de pedágio em área urbana.

O tema gerou polêmica no primeiro turno e críticas ao candidato aliado do PSDB em razão de um projeto da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) iniciado neste ano que prevê a instalação de pórticos de cobrança entre Campinas e Sorocaba.

De acordo com a proposta divulgada pelo governo, há previsão de dois pórticos entre Campinas e o Aeroporto de Viracopos. Segundo o governador, não será feita cobrança no local.