Alckmin ataca ‘Padilha do PT’ e lembra o mensalão

Após programas seguidos com ataques diretos ao candidato Paulo Skaf (PMDB), a campanha do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta a reeleição, direcionou as críticas ao ex-ministro Alexandre Padilha, no horário eleitoral do rádio desta segunda-feira, 22. A propaganda procurou enfatizar o vínculo de Padilha com o PT e ainda lembrou a prisão de petistas por envolvimento no mensalão.

Os ataques ao candidato, em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, abriram a propaganda tucana e ocuparam 1min32s dos 4min50s a que Alckmin tem direito durante o horário eleitoral. A exemplo das peças em que Skaf foi o alvo, as críticas não foram feitas pelo governador, mas por locutores do programa, que ao se referir ao adversário enfatizavam a expressão “Padilha do PT”. “Como é que pode querer ser governador de um Estado tão importante quanto São Paulo, se ele não teve competência nem para administrar o Ministério da Saúde”, diz um deles.

Os apresentadores mencionaram números negativos atribuídos à gestão do petista na Saúde que, segundo a propaganda, “virou um caos” e “não mandou um tostão” para a administração dos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), mantidos pelo governo do Estado. Em um jingle ao som de uma ciranda, a propaganda ainda afirmou que o adversário é “incompetente”. “[Padilha] Deixou a saúde doente, deixou ela toda quebrada. Santa incompetência é o Padilha. Santa incompetência é o PT”, dizia a música.

Até a semana passada, Alckmin mantinha os ataques diretos focados a Skaf, candidato em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto. Nos dois últimos levantamentos, o candidato do PMDB, que vinha de uma tendência de alta, perdeu cinco pontos porcentuais, de acordo com o Ibope. Alckmin, que lidera a disputa, chegou a cair três pontos e depois oscilou um ponto para cima. Padilha, que começou a campanha com 5%, passou a ter oito pontos porcentuais.

Desde o início do horário eleitoral, em agosto, Alckmin tem priorizado o rádio veicular ataques aos adversários. Nesta segunda, o trecho antipetista da propaganda terminou com uma referência ao escândalo do mensalão. “Vocês sabiam que dos últimos quatro candidatos que o PT apresentou para o governo de São Paulo, dois estão presos?”, questiona o locutor. A provocação lembra o ex-ministro José Dirceu e ao ex-presidente do PT José Genoino, ambos presos por envolvimento no escândalo, e que disputaram as eleições estaduais em 1994 e em 2002, respectivamente.

A propaganda petista, por sua vez, nas duas últimas semanas endureceu o discurso e passou a questionar mais o governo Alckmin, que costuma ser apresentado como o candidato das “promessas não cumpridas”. Mote parecido ao explorado por Skaf, que também costuma dedicar os ataques ao tucano.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna