O governador e pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, quer atrair mais partidos e formar uma frente ampla contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, nas próximas eleições. "Ontem (24) foi muito bom. O (acordo está) praticamente fechado com o PFL. Vamos trabalhar para ampliar (as alianças) com quem esteja no campo da oposição e não tenha candidato próprio. Acredito que isso não vá acontecer nas próximas 24 horas, mas vamos procurar avançar nos próximos meses", afirmou.
Para Alckmin, ajudaria muito na costura dessas alianças o prefeito paulistano José Serra (PSDB) decidir disputar a sucessão ao governo paulista. O governador ressalvou que cabe a Serra decidir se aceita ou não. "Eu não posso falar por ele, mas há um clima muito positivo. Militância, apoios às pesquisas."
A poucos dias de deixar o comando do Estado e com a agenda repleta – todos os compromissos com palanques e entrevistas -, Alckmin negou que estivesse se aproveitando do cargo para alavancar sua candidatura. "Estamos procurando separar isso totalmente. Fui ontem ao Rio em avião de carreira e pago do meu bolso, sem ninguém me acompanhando. Hotel foi pago pelo partido. Nada, nada de governo."
O governador voltou a chamar de "coisa inadmissível" a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa e cobrou uma resposta à sociedade do presidente Lula, que, ontem (24), durante a festa dos 100 anos do porto de Vitória (ES), acusou a oposição de fazer jogo rasteiro. "Vi o presidente ontem bravo. Ele tem que ficar bravo é com o fato. O fato é que é muito grave, como é que pode ocorrer violação desse sigilo bancário? O caseiro é o povo brasileiro. Não é possível cometer uma injustiça dessa proporção", insistiu. A permanência ou não de Palocci na Fazenda, continuou o governador, é também responsabilidade de Lula. "Sempre digo que cargo de ministro é cargo de confiança do presidente. Cabe ao presidente responder."
