Integrantes da CPI da Petrobras desembarcaram em Curitiba, sede das investigações da Operação Lava Jato, e começam a ouvir nesta segunda-feira, 11, os depoimentos de 13 acusados de envolvimento no esquema de cartel e corrupção na Petrobras, que estão presos. O doleiro Alberto Youssef é o primeiro a ser ouvido nesta manhã por um grupo de 14 deputados federais da comissão, que tem audiências marcadas até amanhã.
O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), um dos membros da CPI, afirmou que a expectativa é que o depoimento de Youssef, personagem central do esquema de corrupção instalado na Petrobras, possa durar toda esta segunda-feira. Segundo o parlamentar, esta é a oportunidade para se confrontar informações e personagens que até agora não haviam surgido publicamente nos processos da Lava Jato.
A dinâmica da CPI permite uma outra abordagem dos fatos e só o depoimento do doleiro Alberto Youssef tem potencial para que dure o dia todo. O presidente abriu a sessão às 9h36.
Estão marcados para hoje os depoimentos do ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró e do lobista Fernando Antônio Falcão Soares, o Fernando Baiano, ligados ao PMDB no esquema de loteamento político na estatal, que envolvia ainda PT e PP. De Mário Góes, de Guilherme Esteves e de Adir Assad, outros três lobistas acusados de operarem propina na Diretoria de Serviços – que era cota do PT – também estão nessa lista.
Amanhã serão ouvidos os depoimentos dos ex-deputados André Vargas (ex-PT, hoje sem partido), Pedro Corrêa (PP) e Luiz Argolo (ex-PP, hoje no SD). Eles estão na carceragem do Centro Médico Prisional, na Região Metropolitana de Curitiba. Os interrogatórios serão realizados no auditório da Justiça Federal, em Curitiba.