O doleiro Alberto Youssef, internado desde o último sábado (25), com problemas de pressão, ainda permanece sob a escolta de dois policiais federais em um quarto da UTI coronariana do Hospital Santa Cruz, em Curitiba, onde mantém, segundo boletim médico divulgado pouco antes do meio-dia desta segunda-feira (27), um “quadro clínico estável”, conforme informações passadas pelo cardiologista Rubens Zenobio Darwish.
O médico, porém, ressalta que não há previsão de alta, contrariando expectativa anterior de que sua passagem pelo hospital se reduziria a 48 horas. Os recentes problemas médicos devem reforçar o pedido feito pela defesa do doleiro na última semana, que encaminhou um documento à CPI Mista da Petrobras, para que Youssef fosse dispensado de sua convocação prevista para quarta-feira (29).
Com Youssef internado, ainda deverá ser definida a estratégia da defesa, que a princípio, caso ele fosse obrigado a ir a Brasília, previa o silêncio do cliente, pois como ele negocia um acordo de delação premiada o processo deveria ser totalmente sigiloso.
Neste domingo (26), a Polícia Federal desmentiu boatos de que o doleiro havia morrido e informou que ele poderia ter alta até terça-feira. Ainda segundo a PF, depois de sair do hospital Youssef deve retornar à carceragem da PF na Superintendência Regional em Curitiba.
Youssef passou mal no sábado, dois dias depois de a revista Veja publicar que ele teria afirmado à PF que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff sabiam do suposto esquema de corrupção na Petrobras.
Ele tem problemas cardíacos e já havia apresentado quadro similar em outras duas ocasiões. Em nota divulgada no domingo, a PF informou que o doleiro teve uma “forte queda de pressão arterial causada por uso de medicação no tratamento de doença cardíaca crônica”.