O empresário Alberto Klaus pediu, ontem, afastamento da presidência da Comissão Provisória Municipal do Partido Progressista (PP) de Curitiba. Klaus entregou carta ao partido pedindo para deixar a presidência municipal após o desgaste com a divulgação dos negócios que duas empresas de sua família mantinham com a Prefeitura Municipal de Curitiba.

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Nas últimas semanas, foram divulgados contratos da prefeitura com a construtora Iguatemi, de propriedade de Klaus, e com a corretora de seguros Plena, que tem como sócio Muriel Klaus, filho de Alberto.

Ambas as empresas apresentaram irregularidades nas relações com a prefeitura. A própria administração municipal declarou que irá encerrar os contratos com a Plena por descumprimento de metas, enquanto com a Iguatemi, o Tribunal de Contas comprovou que a empresa falsificou documentos para se qualificar para um processo licitatório e, depois de desclassificada do pregão, foi subcontratada pela empresa vencedora da licitação para prestar o serviço.

Apesar da comprovação da fraude, em 2006, a Iguatemi executa obras municipais até hoje, tendo já recebido R$ 6,3 milhões em contratos com a prefeitura na gestão de Beto Richa (PSDB). O PP foi um dos partidos que apoiaram Beto nas duas eleições para a Prefeitura de Curitiba.

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Apesar de o presidente estadual do partido, deputado federal Ricardo Barros, não confirmar a saída de Klaus, “ele entregou uma carta pedindo afastamento, o partido irá se reunir e debater a situação”, em Curitiba, até o nome do substituto de Klaus já é dado como certo.

O ex-vereador e hoje superintendente da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, Ângelo Batista, o Ângelo da Farmácia, já teria sido indicado pelo deputado federal Nelson Meurer para a função.

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“Pelo que sei, será o Ângelo. E é uma boa indicação, pois é um rapaz sensato, conciliador, que não arruma confusão. É o que o partido está precisando agora”, disse o deputado estadual pepista, Ney Leprevost.

Leprevost garantiu que, se cometeu alguma irregularidade, Alberto Klaus fez sozinho, sem o consentimento do partido. “Quem gerou esse desgaste para ele foi ele mesmo. Não houve desgaste para o partido, porque as ações dele são referentes, única e exclusivamente, a seu interesse privado. Ele jamais teve autorização do partido para usar o nome do PP em negociações com a prefeitura”, declarou.

Leprevost informou que usará o exemplo de Klaus para apresentar na Assembleia Legislativa um projeto de lei visando proibir dirigentes partidários de participar de licitações do estado e dos municípios. “Pois é muito estranho um dirigente partidário tendo contratos com uma prefeitura que ajudou a eleger”, afirmou.