Integrantes do PMDB Afro pediram ao presidente nacional da sigla, Romero Jucá (RR), que não permita uma eventual filiação da ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, no partido.

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Na semana passada, após a saída de ministros tucanos do governo, Luislinda se desfiliou do PSDB. O gesto foi visto como uma tentativa da ministra de permanecer no cargo.

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“A comissão executiva nacional do PMDB Afro repudia a possível filiação da senhora Luislinda Valois, atual ministra dos Direitos Humanos, ao PMDB”, diz documento entregue a Jucá.

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O grupo também apresentou o nome da pedagoga Maria da Penha de Souza Menezes para ocupar o cargo. “O PMDB Afro encontra-se preparado para colaborar com o nosso governo”, diz outro trecho do texto.

Alvo de polêmicas e criticada no Planalto por ter uma atuação “apagada”, o mais provável é que Luislinda seja substituída em breve da pasta.

A ministra sofreu desgaste após a Coluna do Estadão, publicada no dia 2 de novembro, revelar que ela havia pedido para acumular o salário de ministra com o de desembargadora aposentada, o que lhe garantiria um vencimento bruto de R$ 61,4 mil mensais. Por causa do teto constitucional, ela pode receber até R$ 33,7 mil.

No dia 11 deste mês, a Comissão de Ética Pública da Presidência arquivou as investigações contra a ministra, após a devolução aos cofres públicos de pouco mais de R$ 13,4 mil recebidos indevidamente em pagamentos de diárias.