A renúncia de Fernando Carli Filho foi lida na sessão de ontem, 1.º, em plenário, mas a mesa executiva da Assembleia Legislativa ainda não sabe dizer quem irá assumir a vaga do ex-deputado que abdicou do mandato, após se envolver em um acidente que resultou na morte de duas pessoas, em Curitiba, no mês passado.
A família de uma das vítimas solicitou a cassação do mandato de Carli, acusado de estar embriagado e em alta velocidade. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) forneceu uma certidão ao ex-prefeito de Paranaguá Mario Roque, atestando que ele é o 1.º suplente do PSB.
Porém, o segundo suplente, Wilson Quinteiro, está reivindicando a vaga, com base num documento do partido, legitimando-o como primeiro suplente devido à mudança de Roque para o PMDB, em 2007.
O caso está na Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa. Ontem, o presidente da Casa, Nelson Justus (DEM), disse que espera um parecer o mais rápido possível, mas não descarta uma consulta ao TRE, se houver necessidade.
Por meio da assessoria de imprensa, o TRE informou que a certidão é fornecida com base nos resultados das eleições de 2006, mas que somente irá se pronunciar sobre a situação específica da suplência de Carli Filho se for provocado.
Homenagem
Na sessão plenária de ontem, vários deputados se solidarizaram a Carli Filho. O líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), fez discurso na tribuna em que disse que a mídia condenou Carli antes de o ex-deputado ser julgado.
Foi aparteado por Durval Amaral (DEM) que manifestou sua concordância. Justus também se manifestou afirmando que, como deputado, Carli Filho “nunca envergonhou a Casa”.
