A CPI do Grampo da Assembléia Legislativa decidiu convocar o promotor Paulo Kessler, atual coordenador da PIC (Promotoria de Investigações Criminais do Ministério Público), e o procurador de Justiça, Dartagnan Cadilhe Abilhôa, para prestar depoimento na próxima segunda-feira, dia 4. O presidente da CPI, deputado Antonio Anibelli (PMDB), disse que é importante que o atual e o ex-coordenador da PIC relatem aos deputados o que sabem sobre escutas telefônicas no Estado, seja neste governo ou no anterior.
A PIC foi responsável pela denúncia contra o policial civil Délcio Razera, preso sob a acusação de chefiar um esquema de escuta telefônica clandestina de autoridades e familiares. Anibelli afirmou que os deputados da CPI querem conhecer os detalhes desse processo e da apuração de denúncias semelhantes na administração do ex-governador Jaime Lerner (PSB).
Anibelli disse ainda que já foram requeridas as informações coletadas pela CPI da Telefonia, que começou a funcionar na Assembléia Legislativa na legislatura anterior e que foi suspensa por ordem judicial. O objeto de investigação da extinta CPI eram as denúncias de grampo contra agentes políticos durante o governo Lerner.
O presidente da CPI também já comunicou ao PFL, PDT e PSDB que se os seus representantes na comissão, deputados Plauto Miró Guimarães, Luiz Carlos Martins e Miltinho Puppio, não comparecerem à próxima reunião, terão que ser desligados e seus substitutos terão que ser indicados. A oposição está boicotando a CPI por não concordar com a extensão das investigações ao governo anterior.