Ainda as eleições

DISPUTA PELA PATERNIDADE – A derrota é órfã. Mas a vitória é concorrida. Multiplicam-se os pais. Mesmo não aparecendo durante todo o período eleitoral, eles proliferam. São os oportunistas. Beto Richa ganhou. Agora surgem os “grandes articuladores da campanha”.

O VIVALDINO – Quais são os artífices da vitória? Indiscutivelmente, o maior deles é o próprio prefeito escolhido. Sem um bom candidato, nenhuma caminhada eleitoral se sustenta. Seguido de dezenas de conceituados homens públicos. O vivaldino maior não poderia ser outro: Tony Garcia. Aquele do Consórcio Garibaldi, que levou o dinheiro de muitos paranaenses incautos. Gente boa, que em grande parte votou no Beto. A sua figura aparece de forma sinistra, atrás do vitorioso, nas entrevistas de TV, pós-eleição. Antes, seria uma temeridade, aconselhava Maquiavel, em receituário para os trapaceiros embutidos na vida publica. Se Beto perdesse, estaria ele tentando, às cotoveladas, a posição de um papagaio de pirata?

OPORTUNISTA? – Não, golpista. “Lépido e fagueiro”, diz colunista paranaense. Quer ser candidato a deputado. Nas costas, é evidente, do bom de voto, o prefeito eleito. “Só apareceu ao lado do candidato na foto da vitória.” “Em silêncio obsequioso. Discreto”, diz o colunista amigo. Em outra oportunidade, é óbvio, seria inconveniente, pois havia o risco da derrota. Rastejando como a cobra que já está de coluna quebrada, ele pretende ressurgir, na vã suposição de que o povo é imbecil e desmemoriado.

TONY GARCIA VOLTA À POLÍTICA? – Hipótese remota. O envolvimento desse cidadão com o submundo, especialmente no caso do Consórcio Garibaldi, que pode lhe dar pena de prisão, não permitirá sequer a sua candidatura. E, se candidato for, será repelido pelas urnas, pois já vai longe o tempo que o povo votava em bandalho.

CUIDADO, PREFEITO – Jovem, competente e com uma carreira promissora, o novo alcaide quer realizar, como vem afirmando, uma administração plena de obras, especialmente no campo social. E isso só é possível com colaboradores competentes e dignos. Ele deve fugir, como é de sua índole, de vivaldinos e de indivíduos de mau caráter. Os tonys garcias da vida devem ser postos à longa distância. Perto, eles tentam destruir aqueles que neles acreditaram. Por último, vale repetir o velho adágio: Deus, livre-me dos amigos (falsos). Dos inimigos, eu mesmo cuidarei.

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