O embaixador do Irã, Mohsen Shaterzadeh, disse hoje que a visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil será de apenas um dia. Após o desembarque em Brasília, na manhã de segunda-feira, Ahmadinejad será recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Itamaraty, onde ambos almoçarão.

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Na parte da tarde, segundo Shaterzadeh, o presidente iraniano terá encontros com os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Por volta das 18h30, Ahmadinejad fará palestra no Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), aberta a perguntas das pessoas presentes.

Para encerrar a visita, dará entrevista coletiva, às 20h30. O embaixador afirmou ainda que a delegação presidencial iraniana é formada por 250 pessoas, das quais 150 são empresários e executivos de grandes companhias de pelo menos 14 setores, entre os quais eletrodoméstico, petroquímica, transportes, eletroeletrônica, energia, têxteis, farmacêutico, de mineração, siderurgia, metalurgia, química e agronegócio. Ontem, no Rio de Janeiro, foi fechado um acordo de cooperação entre a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Bolsa de Valores do Irã.

Na segunda-feira, serão fechados acordos nas áreas agrícola, de energia, de cultura, cooperação técnica, cooperação universitária e cooperação em tecnologia avançada. Segundo o embaixador, não haverá nenhum acordo relativo à área nuclear e, na delegação, não haverá representantes iranianos desse setor.

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Em paralelo à visita oficial, será realizado, também no Itamaraty, um seminário empresarial coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

Ao responder a uma pergunta sobre a ida de Ahmadinejad ao Congresso, apesar de representantes de vários partidos terem protestado contra a visita dele ao Brasil, Shaterzadeh afirmou que a maioria da população brasileira ficará “contente” com a presença do presidente iraniano no País. Afirmou ainda que os presidentes da Câmara e do Senado conhecem a realidade do Irã, um país “100% democrático” e “o mais democrata do Oriente Médio”.

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