Em meio à crise que se alastrou na capital federal, o PT escolheu hoje o candidato que concorrerá ao governo do Distrito Federal nas eleições deste ano. Agnelo Queiroz, ex-ministro do Esporte, venceu a disputa interna no partido com o deputado federal Geraldo Magela, que concorreu em 2002 ao governo do DF.

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Queiroz era o candidato apoiado pelo governo Lula, pela direção do partido, pelos principais sindicatos do DF – como dos professores e vigilantes – e pelos deputados distritais petistas. Em outubro, ele terá como principal adversário Joaquim Roriz (PSC), ex-governador do DF e que já o venceu nas eleições de 2006 na disputa por uma vaga no Senado.

 

Depois de confirmada a vitória, Queiroz adotou o discurso de unidade e afirmou que, se eleito, fará uma limpeza na política do DF. “O partido precisa estar unido para derrotar a corrupção, passar a limpo nossa cidade, recuperar a autoestima. Vamos resgatar a imagem do DF”, afirmou.

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A estratégia de sua campanha já está definida. A partir de hoje, o candidato inicia uma romaria para compor alianças. Primeiro, Queiroz quer consolidar as alianças com partidos como PDT, PSB e PC do B para, em seguida, buscar parceria com a base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Vencido, Magela declarou apoio à candidatura de Queiroz e reforçou o discurso da unidade. “A partir deste momento, faço um apelo, um pedido, um chamado para que todos que me apoiaram passem a apoiar o Agnelo”, disse. Magela decidiu disputar as eleições internas no PT depois de descoberto o esquema de corrupção no Distrito Federal e que levou à prisão e depois à cassação do governador José Roberto Arruda, até então o favorito para as eleições deste ano. O novo cenário político levou o petista a quebrar um acordo interno, em torno da candidatura de Agnelo Queiroz, e a forçar a disputa interna na legenda.

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Mesmo sendo o preferido do partido, Agnelo Queiroz passou dias difíceis. Havia o temor de que sua candidatura nas prévias fosse arranhada por denúncias de que não teria renda suficiente para comprar os bens que possui. Além disso, existem gravações ainda não divulgadas de um encontro do ex-ministro com o ex-secretário de Assuntos Institucionais do DF Durval Barbosa, responsável pelas denúncias de esquema de propina que derrubou o governador do DF, José Roberto Arruda. “Como a conversa está gravada, ela é minha segurança de que não há problema algum”, afirmou.