O petista Agnelo Queiroz assume o governo do Distrito Federal com a tarefa de moralizar a política local, que foi alvo de escândalos que resultaram na prisão e afastamento do ex-governador José Roberto Arruda. Ele também tem pela frente o desafio de tentar melhorar os serviços prestados pelo governo, como os dos hospitais públicos, e a conservação de Brasília. “Políticas públicas sem controle transformaram o Distrito Federal numa desordem, que agora foi derrotada nas urnas. Assumo aqui, agora, compromisso de usar ferramenta esquecida: o planejamento”, prometeu em seu discurso de posse.
Referindo-se ao escândalo que ficou conhecido como “mensalão do DEM”, Agnelo alertou que “as nuvens tempestuosas de uma das piores crises do DF ainda não se dissiparam”. Ele prometeu resgatar o orgulho dos brasilienses. “Não é aceitável que a capital federal seja percebida como sinônimo de corrupção, negociatas e práticas incompatíveis com o serviço público. Não é possível que seja motivo de achincalhe e piada nacional”, afirmou.
Em seu primeiro dia de governo, Agnelo Queiroz anunciou um mutirão de limpeza nas ruas de Brasília. Antes disso, no próprio sábado, dia da posse, sua primeira ação foi exonerar, por decreto, 15 mil servidores comissionados. Outro decreto assinado por ele estabeleceu a saúde do Distrito Federal como situação de emergência. Ele ainda determinou um prazo máximo de cinco dias úteis para a conclusão das concorrências públicas iniciadas na gestão anterior, do governador-tampão Rogério Rosso (PMDB). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.