Afastamento do senador agrada ao Paraná

Os tucanos do Paraná aprovaram o afastamento do presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo, investigado na CPMI dos Correios sob a acusação de ter recebido recursos do publicitário Marcos Valério para fazer um caixa 2 na campanha eleitoral mineira. Azeredo seria substituído pelo senador Tasso Jereissati na convenção do próximo dia 18, mas os tucanos resolveram tirar Azeredo de cena antecipadamente.

O senador Alvaro Dias, um dos vice-presidentes nacionais do PSDB, disse que é provável que o prefeito de São Paulo, José Serra, assuma o cargo provisoriamente, já que Azeredo é seu substituto na presidência. Quando foi eleito prefeito, Serra deixou a presidência do partido.

Integrante da CPMI dos Correios, Alvaro acha que a saída de Azeredo veio tarde. "Quando há qualquer suspeita em qualquer cargo que se ocupe, é recomendável o afastamento até a conclusão das investigações", disse. Para Alvaro, a permanência de Azeredo no comando do partido desgastou o PSDB e facilitou a estratégia dos adversários de restringir o foco das investigações da CPMI dos Correios às denúncias de caixa 2, quando o objeto das apurações é mais amplo.

Para os leões

O presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni, acha que a renúncia de Azeredo do comando do partido não é suficiente. Rossoni acha que o senador deveria se desfiliar do PSDB. "Não existe meio crime. Vamos dar um tempo para ele provar que é inocente. Se não conseguir, que os leões o comam", afirmou o dirigente do partido no Paraná.

Rossoni disse que não foi consultado pela cúpula nacional do partido, mas que o envolvimento de Azeredo com Marcos Valério traz prejuízos ao PSDB e que o melhor é o senador mineiro sair de cena. "Por causa de um cidadão, o PSDB não pode ser confundido com tudo isso que está acontecendo no país", afirmou o deputado tucano.

Para o líder da bancada do PSDB, deputado Ademar Traiano, o dirigente nacional do PSDB deve tomar a iniciativa de deixar o cargo e se licenciar do partido, enquanto transcorre a investigação. "Não há o que pensar. A medida mais correta é essa. Não há como fazer um pré-julgamento de ninguém. Mas ele tinha que sair pelo menos para que se possa apurar os fatos", afirmou o representante da bancada. Traiano acha que a saída de Azeredo teria que ser acompanhada por uma apuração isenta das denúncias pelo partido. "Tem que apurar as responsabilidades. E por isso, é mais sensato que ele se afastasse", defendeu. 

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