Se dependesse dos brasileiros no exterior, a presidente Dilma Rousseff, do PT, nem sequer teria ido ao segundo turno das eleições. O resultado da votação no mundo apontou para uma vitória clara de Aécio Neves, do PSDB, com 49,51% da preferência dos brasileiros no exterior. Em segundo lugar veio a candidata Marina Silva, com 26% dos votos. Dilma aparece apenas na terceira colocação, com 18,3% dos votos do brasileiros.

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No total, 132 mil brasileiros votaram no exterior. A proporção ainda é pequena diante da estimativa do Itamaraty de que cerca de 2 milhões de brasileiros vivam pelo mundo. Mas, ainda assim, o número de eleitores foi recorde, depois que consulados fizeram uma ampla campanha para registrar os brasileiros.

Se na maior parte das capitais estrangeiras Aécio Neves se saiu melhor, em Paris o tucano quebrou um paradigma. Seu score sobre Dilma Rousseff na capital francesa no primeiro turno das eleições presidenciais representa muito pouco em termos de número de votos – 8,8 mil -, mas tem um peso simbólico forte: foi pela primeira vez em 16 anos que o PT perdeu uma eleição entre os eleitores brasileiros que vivem na França.

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No domingo, Aécio teve 1.170 votos, ou 37,1% dos votos nominais, à frente de Dilma, com 961 votos, ou 30,5% do total. A ex-ministra Marina Silva, do PSB, foi terceiro, com 739 votos, ou 23,4% da preferência.

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Nos anos anteriores, em 2010 Dilma saiu vitoriosa sobre José Serra, então candidato do PSDB, com 964 votos (46,21%), contra 618 (29,63%). Marina, que representou o Partido Verde (PV), foi terceiro com 462 votos, ou 22,15% do eleitorado local. Em 2006, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, venceu Geraldo Alckmin, do PSDB, por 607 votos a 403, ambos bem à frente de Heloísa Helena, do PSOL.

O duelo PT-PSDB também foi favorável a Lula em 2002, quando enfrentou pela primeira vez José Serra. Então o petista somou 722 votos, muito à frente do tucano, que teve 274 votos. O placar esmagador se repetiu no segundo turno, abrindo espaço para 16 anos de hegemonia na França.

A última vitória do PSDB registrada pelo Consulado-Geral de Paris havia sido de Fernando Henrique Cardoso em 1998, quando o tucano somou 426 votos, à frente de Lula, que registrou 363 votos.