O presidente do PSDB e pré-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), usou o apagão na região Nordeste ocorrido nesta quarta-feira, 28, para comparar as administrações de Lula e de Dilma Rousseff com as do tucano Fernando Henrique Cardoso. Para o tucano, o PSDB está em vantagem. Segundo Aécio, somados os dez últimos apagões, o tempo em que o País ficou sem energia já é maior do que o racionamento registrado em 2001.
“Esse foi o décimo apagão do governo do PT. Somados, certamente são maiores do que o que tivemos lá atrás”, atacou Aécio. “O governo não planeja. Não existe essa palavra no governo federal hoje: planejamento. E esses apagões sucessivos e agora gravíssimos que ocorrem no Nordeste e poderão ocorrer no futuro são responsabilidade exclusiva de ausência de gestão do governo Dilma Rousseff.”
Aécio disse que os apagões comprometem a imagem de boa gestora da presidente Dilma. “Até porque a presidente foi eleita sustentada em dois pilares: a economia que ia bem e a imagem de uma grande gestora. E a economia vai muito mal, preocupando a todos, a inflação recrudescendo, taxas de crescimento pífias, o dólar estourando e, por outro lado, a gestão do governo mostra o descompromisso com metas. Repito: não há planejamento. As grandes obras estruturais, a transposição do São Francisco, a Transnordestina, a Norte-Sul, para ficar apenas em alguns grandes eixos de desenvolvimento, ficaram todos no meio do caminho.”
Para Aécio, a presidente Dilma “chega fragilizada ao final do seu mandato, sem qualquer marca, e o setor elétrico, onde ela atuou de forma direta, como ministra durante muito tempo, é aquele que tem apresentado os piores resultados.”
Segundo o pré-candidato tucano, a presidente Dilma Rousseff descapitalizou as empresas de energia e as empresas perderam a capacidade de investimento. “A Eletrobras estava, há poucas semanas, pedindo recurso do BNDES para capital de giro. Isso é inadmissível. Uma empresa que era superavitária. As empresas estaduais estão em dificuldade. A diminuição da conta de luz, que sempre defendemos e praticamos, teria de ser feita pela presidente como nós, governadores, fizemos. Eu fiz isso em Minas: tirar impostos”, atacou ele.