Ao reiterar que o Senado precisa de uma reformulação interna, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), manifestou hoje preocupação com a “fragilização” do Congresso Nacional. “Porque fragilizar o Congresso Nacional não é bom pra ninguém, talvez apenas para fortalecer o Poder Executivo”, afirmou. O governador, que evita “personalizar” a crise no Senado, destacou que, independentemente do destino do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), ou de outras lideranças, “o fundamental é que o Senado apresente ao Brasil um projeto de reformulação interna, de transparência, de inibição de custos”.
“Temos que estar muito atentos, mantermos as críticas, buscarmos esse saneamento do Congresso Nacional, mas sem levarmos ao limite da sua fragilização”, insistiu Aécio. “Porque sem Congresso, sem representação popular, sem representação da Federação não existe democracia em nenhuma parte do mundo”.
Cotado, junto com o governador paulista José Serra, para ser candidato do PSDB à Presidência em 2010, Aécio disse que não acredita que as articulações para a formação de alianças regionais com o PMDB serão afetadas pela crise do Senado, onde peemedebistas e tucanos estão em pé de guerra. “Não acho que haja uma relação com as alianças do PMDB nas eleições do ano que vem”, avaliou o governador. “É difícil você transportar esse cenário de hoje para daqui um ano”.