O senador e presidente do PSDB, Aécio Neves, criticou nesta sexta-feira, 10, em coletiva na sede do diretório estadual do partido, os 100 dias de segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) e do governador do Estado, Fernando Pimentel (PT). Sobre o governo federal, o senador disse que os 100 dias marcam o término de um governo que terminou antes de começar.
“Houve a perda de cinco ministros nesse tempo. É um governo acossado, que cometeu o maior estelionato eleitoral de nossa história”, disse. Ele ressaltou que melhor moldura da situação do governo atual é “o tesoureiro do partido acusado por inúmeros delatores de ter cometido irresponsabilidades e foi ao STF pedir licença para mentir”.
“O habeas corpus é o atestado da culpa dos crimes alardeados”, declarou. Ele comentou que a presidente Dilma optou por não aplicar as medidas de ajustes que estão sendo anunciadas agora para não perder as eleições do ano passado. “Muitas das medidas já eram anunciadas e estudadas no ano passado e até antes disso e foram adiadas. E esse adiamento quem paga a conta são os brasileiros”, disse.
“O lado mais perverso da mentira é sentida pelos brasileiros mais pobres. E mais uma vez para o PT, o projeto do poder interessa mais do que as necessidades dos brasileiros. O governo do PT mergulhou o Brasil nas mais graves crises de sua história”, declarou. Especificamente sobre o governo de Minas Gerais, de Pimentel, Aécio disse que o que viu nesses últimos dias (no início da semana, a equipe do petista apresentou um diagnóstico do Estado, acusando a gestão anterior de despesas fora do necessário) “está no limite entre o patético e ridículo”.
“Pela primeira vez na história da política mineira, se reúne não para anunciar novas medidas, mas para mentir aos mineiros e aos brasileiros”, afirmou. “O futuro o governo pode construir, o passado nenhum governo pode mudar. Nosso período de governo foram épocas que honraram Minas Gerais”, completou.
Segundo ele, “é claro” que houve uma redução da expectativa de receita, porque “o governo federal fez o País parar de crescer”, se referindo às afirmações da equipe econômica de Pimentel de que no orçamento previsto para o ano pela gestão anterior, de Alberto Pinto Coelho (PP), houve superestimativa de receita.
“Minas não é uma ilha. Minas sofre as consequências de ações desastrosas do governo federal”, ressaltou. “Não reconheço autoridade nenhuma aqueles que recém-chegados não compreendem que governar é um desafio e não se governa olhando no retrovisor. Desejo ao governador eleito que se coloque à altura dos desafios que terão pela frente e das expectativas dos mineiros. Governar é sim enfrentar desafios, mas não se enfrenta isso buscando justificativas aonde não existe”, falou, dizendo que a oposição na assembleia vai acompanhar o desempenho do governo atual.