Aécio e Beto se encontram em evento em Pinhais

Em meio a previsões sobre um futuro choque de interesses na sucessão estadual de 2010, o senador Osmar Dias (PDT) e o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), estão procurando demonstrar que não haverá rachas na escolha do candidato ao governo do grupo que se opõe ao governador Roberto Requião (PMDB).

Ontem, durante o 7.º Encontro de Empreendedores Rurais do Paraná, em Pinhais, Osmar e Beto reforçaram a necessidade de manutenção da aliança que reelegeu o tucano à prefeitura e sustentou a candidatura do pedetista ao governo em 2006. Tanto um como outro declararam que o “grupo precisa se manter unido e forte”.

Nas entrevistas, os dois disseram que os partidos já estiveram juntos e que seria importante que não houvesse mudanças nessa rota. Beto destacou a participação de Osmar nas suas duas campanhas à prefeitura -em 2004 e neste ano e, novamente, evitou comentar uma candidatura em 2010.

O prefeito afirmou que sua condição é a de prefeito de Curitiba e não de pré-candidato à sucessão estadual. “Na hora certa, o grupo escolhe o melhor nome”, declarou.

Tucanos e pedetistas têm “pisado em ovos” quando o assunto é a sucessão estadual de 2010. Depois que lideranças do PT se aproximaram de Osmar e cogitaram a possibilidade de um acordo para a disputa ao governo, os tucanos refluíram no entusiasmo com que vinham defendendo a candidatura de Beto à sucessão e aderiram ao discurso da preservação da aliança das eleições anteriores.

Convidado especial

Convidado do encontro em Pinhais, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), trouxe à tona as discussões sobre a sucessão presidencial de 2010. Ele disse que não deixará o PSDB para disputar a Presidência da República.

“Tenho recebido gentilezas muito grandes do PMDB. Eu tenho uma relação pessoal com o PMDB, histórica. Foi o único partido ao qual eu pertenci antes de irmos construir o PSDB. Mas eu estou muito bem no PSDB, acho que o PSDB e o PMDB podem trabalhar para construir, juntos, um projeto para o Brasil”, disse, ao comentar o convite do Ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), para ser o candidato do partido à sucessão do presidente Lula (PT).

Sobre o nome tucano para a disputa à Presidência em 2010, Aécio disse que o partido “tem um bom problema, talvez o problema que outros partidos gostariam de ter: mais de uma opção”, referindo-se ao governador de São Paulo, José Serra – o favorito no momento, o próprio Aécio e ainda o ex-governador paulista, e candidato nas últimas eleições, Geraldo Alckmin.

“Eu acho que o PSDB deve se dedicar durante esse ano de 2009 a construir um novo projeto para o Brasil para apresentá-lo a partir do ano de 2010. Ninguém será candidato apenas porque quer ser candidato. O candidato será aquele que tiver melhores condições de incorporar esse projeto, tirar da população brasileira confiança e tiver capacidade de agregar outras forças políticas no seu entorno. Se houver mais de um candidato, acho que a prévia é o instrumento democrático, mobilizador do partido que não deve ser temida por ninguém. Eu não as temo”, declarou.

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