Após reunião nesta terça-feira, 27, com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, que não constava na agenda oficial de Temer, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) negou que o partido está pressionando o governo para que envie a reforma da Previdência antes das eleições. “Eu defendo que a reforma seja enviada quando estiver pronta”, disse Aécio.

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“Eu não marco prazo e não cobrei prazo do presidente. O envio não deve ser condicionado ao calendário eleitoral”, afirmou, ressaltando que o presidente não marcou data e que ele não o questionou a respeito. Por pressão da cúpula do PSDB, Temer havia acertado no início do mês que proposta seria enviada até o dia 30 deste mês. Sendo enviada perto da eleição, a proposta teria menor influência política na campanha, agradando aos parlamentares da base, e faria com que Temer cumpra a palavra com o PSDB, enviando a proposta ainda neste mês e evitando ser acusado de “estelionato eleitoral”. Segundo Aécio, o Congresso está pronto para começar o debate da previdência porque a reforma “é fundamental para o País”. “Quanto antes começar é melhor para os brasileiros”, disse.

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O encontro com o presidente, de acordo com Aécio, foi solicitado para que ele apresentasse a Temer duas propostas de sua autoria para que o programa Bolsa Família “não tenha paternidade”. “São dois projetos, o primeiro trata da transformação do Bolsa Família em política de Estado, ou seja, passa a ser obrigatório independente de qual seja o governo”, explicou. O segundo projeto permite que o beneficiário possa trabalhar com carteira assinada por até seis meses sem perder o benefício. “Pode parecer estranho, mas hoje há o receio dos beneficiários de arriscar um emprego”, afirmou.

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PEC do Teto

O senador comentou ainda que a prioridade do governo está na votação da PEC do teto dos gastos e disse que na reunião do presidente com ministros e líderes na noite desta terça-feira deve ser definido o calendário de votação do projeto. Segundo Aécio, a aprovação da PEC é uma sinalização importante “não só para o mercado, mas para a sociedade” de que o governo está empenhado em avançar nas reformas e no controle fiscal. O senador disse também que apesar de ser a favor de um teto também para os gastos nos Estados, acredita que no primeiro momento é mais fácil aprovar a limitação apenas para os gastos da União. “Já seria um avanço”, disse.