Um dia depois de o prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), lançar o governador do Estado Geraldo Alckmin para a disputa pelo Palácio do Planalto em 2018, o presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves, defendeu, em Belo Horizonte, a realização de prévias para a escolha do candidato do partido ao governo federal no pleito de daqui a dois anos. O parlamentar afirmou que a consulta às bases, tratada pelo tucano como “um belo caminho”, deve ser feita caso não haja consenso em torno de algum nome, mesmo sob o risco de racha na legenda.

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Aécio, cujo candidato, deputado estadual João Leite (PSDB), disputará o segundo turno na capital mineira, fez nesta segunda-feira, 3, um balanço dos resultados dos tucanos nas eleições de 2016. O senador disse que a vitória em São Paulo foi “extraordinária”, mas disse que ocorreram performances “extraordinárias” da legenda também no interior de São Paulo e em Minas. Para o senador, o ideal seria que o candidato a ser lançado fosse o que “chegasse em melhores condições em 2018”.

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Para Aécio, “ninguém é candidato de si mesmo”. “Há vários nomes qualificados no PSDB. Disputas internas, debates internos, são saudáveis. Na hora da eleição, vamos estar unidos em torno daquele que apresentar as melhores condições de vitória.” “No passado, não tive a menor dificuldade em apoiar Geraldo Alckmin, José Serra, e tive o apoio deles”. Conforme o senador, além dele, os dois colegas paulistas poderão estar na disputa pelo Planalto em 2018.

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Aécio lembrou que as prévias estão previstas no estatuto do partido e devem ser vistas como uma “oportunidade democrática”. “Mas, neste momento, não seria justo com nossas lideranças anteciparmos 2018”, afirmou o tucano.

Sobre a possibilidade de racha na legenda por conta da consulta ao partido, o senador afirmou haver situação pior do que isso. “Não devemos temer as prévias. Por mais que isso possa gerar uma disputa interna, pior é o cerceamento da oportunidade entre os nomes que possam concorrer.”

O tucano disse ainda que o partido vai continuar a apoiar o governo de Michel Temer (PMDB), mas que vai “chegar forte” em 2018. Para Aécio, o presidente tem que governar “sem se preocupar com curvas de popularidade”.