Ao defender que o candidato tucano à Presidência da República em 2010 não seja definido antes de dezembro, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse hoje que acredita que no fim do ano o cenário eleitoral poderá lhe favorecer na disputa com o governador paulista José Serra.

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“Acho que em dezembro podemos ter quem sabe um cenário um pouco diferente, onde a busca, a capacidade também de agregar novos aliados ao nosso projeto possa se tornar cada vez mais decisivo para nós vencermos as eleições”, afirmou o mineiro.

Aécio costuma apregoar como um dos trunfos de sua pré-candidatura a capacidade de aglutinar mais apoios, inclusive de partidos que no momento estão na base de sustentação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Hoje, ele voltou a dizer que na definição do candidato tucano não deve ser levado em conta apenas as pesquisas eleitorais e repetiu o bordão de que “em uma eleição o importante não é a largada, o importante é a chegada”.

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“As pesquisas, para serem compreendidas e serem instrumento importante de análise, elas devem abranger, elas devem trazer a avaliação, uma série de outras circunstâncias, inclusive essa, a capacidade de crescimento, a capacidade de novas alianças que fragilizem o adversário”, disse o governador, após participar, no Palácio da Liberdade, do anúncio de novas linhas de financiamento do Banco de Desenvolvimento do Estado (BDMG) para prefeituras mineiras.

Em desvantagem nas intenções de voto, Aécio tem procurado sinalizar que está no páreo e não aceita a candidatura de Serra como um fato consumado. “O partido continua em aberto”, destacou o deputado federal Rodrigo de Castro, secretário-geral do PSDB e um dos principais aliados do mineiro no partido. “Não temos nenhuma definição”.

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O governador inicia amanhã uma viagem de 11 dias ao exterior. Após retornar ao Brasil, ele deverá definir a data da licença de cerca de 15 dias que pretende tirar para se dedicar à pré-campanha em viagens, principalmente às regiões Norte e Nordeste.

Aécio continua argumentando publicamente que considera as prévias um “melhor instrumento” para a definição do candidato e mantém a investida interna. Amanhã ele recebe o presidente do PSDB do Rio de Janeiro, José Camilo Zito. No Estado, os tucanos são pressionados a apoiar uma candidatura do DEM.

“Sempre tivemos lá uma aproximação grande com o deputado Fernando Gabeira que é um dos nomes lembrados, mas no momento em que seu partido (PV) lança uma candidatura, é natural que o PSDB tenha que rever sua estratégia”, afirmou o governador.