O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, anunciou nesta segunda-feira que, se eleito, vai classificar as famílias beneficiadas por programas de transferência de renda em cinco níveis de carência. Segundo Aécio, além do rendimento familiar, serão levados em conta itens como ausência de saneamento adequado, presença de jovens infratores e de presidiários e a existência de jovens grávidas sem atenção adequada. O candidato tucano disse que os cadastros serão feitos por meio de um programa chamado Família Brasileira, a ser lançado no início da gestão.
Aécio criticou o governo do PT por levar em conta apenas o critério da renda no auxílio oferecido por meio do Bolsa Família. “Vamos classificar as famílias dependentes de programas de transferência de renda em cinco níveis, para que possa, a cada ano, alterar seu nível de carência. Vamos entrar em um nível de detalhamento em que os programas não entraram até hoje, e caberá ao Estado atuar em várias frentes para que as carências sejam diminuídas. Diferente do PT, nossa proposta não busca apenas conviver e administrar a pobreza, mas superá-la. O PT acredita que a pobreza depende apenas da ausência de renda. Queremos compreender em uma dimensão maior, que inclui, além da renda, a ausência de serviços minimamente dignos e de oportunidades”, afirmou o candidato, depois de se reunir no Rio com 130 políticos do PSDB e partidos aliados.
Questionado sobre a entrada da ex-senadora Marina Silva na disputa presidencial, em substituição ao candidato do PSB, Eduardo Campos, que morreu em um acidente de avião na última quarta-feira, Aécio disse que seu principal adversário continua a ser o governo do PT. “Não vou adequar nossa proposta em razão da trágica situação que fez o PSB mudar seu candidato”, afirmou o tucano.