Discursando como líder do PSDB no Senado, Aécio Neves (MG), propôs na primeira sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras um roteiro de trabalho com a convocação dos ex-diretores da estatal Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e do doleiro Alberto Youssef.
O tucano sugeriu também a quebra dos sigilos dos três, do ex-presidente José Sérgio Gabrielli, das empresas MO Consultoria e do laboratório Labogen, além do acesso às investigações da Operação Lava Jato da Polícia Federal. Em sua apresentação, Aécio também indicou a necessidade de criação de sub-relatorias para investigar a compra da refinaria de Pasadena (EUA), a construção de refinarias e o negócio com a SBM Offshore.
O tucano destacou que os “olhos da nação” se voltam para a CPMI a partir de hoje e lembrou que a PF cita a instalação de uma “organização criminosa” na estatal. “CPI mista não é demanda apenas das oposições”, enfatizou. No discurso, o presidenciável disse que os parlamentares definem hoje se efetivamente vão investigar a Petrobras ou não.
Ao final da fala de Aécio, o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), anunciou o relator da CPMI, o deputado Marco Maia (PT-RS). Coube ao líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), fazer um apelo para que a CPMI siga funcionando durante o recesso. Ele avisou que o DEM obstruirá a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) se o requerimento de continuidade dos trabalhos no recesso não for votado.