Às vésperas da reunião em que o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, deve ser expulso do DEM, os advogados tentam encontrar uma fórmula jurídica para adiar a decisão. Eles argumentam que, mesmo tendo garantido o direito de defesa, uma punição imediata causaria efeitos irreversíveis, mesmo sendo passível de recurso. Confirmada a expulsão, Arruda não poderá disputar as eleições do ano que vem.
A reunião do partido está marcada para quinta-feira. Já na semana passada, a desfiliação de Arruda era dada como certa pelo comando da legenda. Novas denúncias tornaram praticamente impossível a permanência dele no DEM.
Ontem, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que o patrimônio de Arruda cresceu 1.060% em sete anos. Nas declarações apresentadas à Justiça Eleitoral, em 2002 e 2006, a soma dos bens do governador não passava de R$ 600 mil. Agora, o patrimônio real da família Arruda, só em imóveis, em Brasília, acumulou um valor de mais de R$ 7 milhões.
As denúncias reforçam a ideia de Arruda de apelar à Justiça para postergar a decisão e, nesse meio tempo, tentar viabilizar a sua permanência no governo. Os advogados devem se reunir hoje para buscar uma alternativa legal para adiar a desfiliação.