Dos doze deputados do PMDB, quatro compareceram ao jantar organizado pelo líder do governo, Ademar Traiano (PSDB) para apresentar à base de apoio ao governador Beto Richa (PSDB) e secretários na noite de segunda-feira. Outros dois justificaram a ausência. Do PDT, compareceram três dos quatro deputados. No cômputo geral, o jantar realizado no Buffet Ilha do Mel reuniu 40 deputados.
O PV também se integrou à base de apoio de Beto Richa. Os deputados Rasca Rodrigues e Roberto Acioly estavam entre os comensais convidados pelo líder do governo. Dos partidos que apoiaram a candidatura do senador Osmar Dias ao governo ou disputaram o governo com candidatura própria na eleição de 2010, caso do PV, apenas o PT não enviou representantes ao jantar dos tucanos.
“Nós temos uma base unida e vamos trabalhar juntos. Vamos fixar no número de quarenta”, disse Traiano. Ele afirmou que a exclusão de seis deputados do PMDB, Waldyr Pugliesi, Caito Quintana, Nereu Moura, Antonio Anibelli Neto, Ademir Bier e Teruo Kato, não deve trazer prejuízos na relação com o maior partido em plenário. Apesar de os peemedebistas ameaçarem que poderão fechar uma posição única da bancada e optar pela oposição, o líder do governo não aposta nesta decisão.
“Nós ameaçamos oito anos no PSDB e nunca fechamos questão. Tem que preservar o partido. Porque quem quiser radicalizar por causa dos desfalques, o prejudicado é o partido”, afirmou. Nos dois mandatos do governo peemedebista, cinco tucanos atuaram no bloco do governo.
Do PDT, foram contabilizados na base do governo Augustinho Zucchi, André Bueno e Fernando Scanavaca. Somente ficou de fora Nelson Luersen, que tem base eleitoral nos mesmos municípios do líder do governo. E por isso, há restrições à sua entrada na base. O mesmo ocorre com alguns peemedebistas cortados do bloco de apoio por atuarem em regiões onde os deputados tucanos não concordam em dividir o espaço.
Linha de corte
Um dos primeiros testes para conferir o tamanho da base de apoio do governo será a eleição do novo conselheiro do Tribunal de Contas, se a votação não for embargada pela Justiça. O líder do governo negou que o voto no procurador geral do Estado, Ivan Bonilha, seja critério de admissão ou exclusão do bloco.
“Estou fazendo um trabalho aberto pelo Bonilha. É claro que o governador tem mais simpatia pelo Bonilha. Mas o governador não está obrigando ninguém a votar nele. Mas é óbvio que a base tem uma tendência em votar no candidato do governador”, comentou.