O secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, irá à Assembleia Legislativa no próximo dia 27 como convidado para falar aos deputados estaduais sobre as ações do governo para combater a violência no estado.
A proposta, assinada por 31 deputados, era que o secretário fosse convocado, mas um acordo entre os líderes do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), e da oposição, Elio Rusch (DEM), dispensou a votação do requerimento apresentado na semana passada.
O entendimento entre Rusch e Romanelli, mediado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus (DEM), desagradou ao deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB).
Rossoni defendeu a votação do requerimento propondo a convocação, justificando que se Delazari e o líder do governo tivessem a disposição de prestar esclarecimentos à população, o secretário de Segurança já deveria ter comparecido há muito tempo à Assembleia Legislativa.
Rossoni lembrou que foram apresentados seis requerimentos pedindo a convocação de Delazari e que a bancada aliada ao governo rejeitou todos. “Como convidado, ele responde o que quiser. Como convocado, ele teria que se submeter ao Regimento Interno. A única vez que ele veio foi encastelado numa sala e nem a imprensa assistiu”, disse.
Para o deputado tucano, o requerimento era suprapartidário já que era apoiado por deputados de vários partidos e sua retirada não poderia ser negociada entre liderança de oposição e situação.
Os protestos de Rossoni não deram resultado. O presidente da Assembleia Legislativa disse que o acordo anulava o requerimento e que ele garantia a presença do secretário no próximo dia 27.
Justus também defendeu Delazari. Atribuiu a culpa pela não convocação do secretário aos deputados governistas. “Não foi culpa do secretário ele não ter vindo aqui há mais tempo.
Foi culpa dos parlamentares do governo”, disse o presidente da Assembleia, antes de rejeitar o pedido de Rossoni para que a convocação fosse votada em plenário.
O líder do governo disse que a posição de Rossoni era a expressão de “vaidade” e que o tucano estava desrespeitando a autoridade do líder de oposição que aceitou ouvir o secretário de Segurança na condição de convidado. “Se quiserem podemos votar o requerimento do Rossoni para atender ao ego dele. Vamos rejeitar, mas o secretário virá assim mesmo”, atacou.
O líder da oposição disse que se o secretário de Segurança se comprometeu a dar explicações aos deputados não terá como recuar. “Não há motivo para votar o requerimento porque não tem como ele não vir. Porque quem quer uma explicação sobre a criminalidade é a sociedade”, disse.