Acordo com credores da Galvão Engenharia será debatido em nova assembleia

Foi adiada para o próximo dia 28 a assembleia da Galvão Engenharia para chegar a um acordo com credores sobre uma dívida de cerca de R$ 1,7 bilhão. A empresa esteve reunida nesta quarta-feira, 19, no centro do Rio de Janeiro, com seus antigos fornecedores e funcionários na tentativa de fechar os prazos e modelos de pagamento da dívida. Mas credores financeiros, sobretudo bancos, pediram mais tempo para avaliar as propostas das empresas.

A Galvão Engenharia é alvo de investigação na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Por causa do processo, entrou em recuperação judicial há três meses e agora tenta chegar a um acordo com os seus credores para retomar a operação. A recuperação prevê negociações com três grupos de prestadores de serviços e fornecedores de produtos: funcionários, bancos e grandes empresas, e pequenas e médias empresas. Em dinheiro, a maior parte da dívida está concentrada nos bancos. Em número de pagamentos cobrados, a maioria de credores se concentra nos trabalhadores e pequenas e médias empresas.

A Galvão Engenharia, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que o único impasse, atualmente, diz respeito aos bancos, que estariam exigindo mudanças no plano de recuperação judicial. Segundo a companhia, nesse caso, os principais cobradores são instituições públicas, sobretudo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, além do Bradesco. As negociações com esses bancos estão em curso e eles pediram mais tempo para chegar a um acordo porque ainda precisam analisar as propostas apresentadas pela Galvão.

“Há disposição de credores e empresas para que a dívida seja paga. Quanto antes a Galvão chegar a um acordo, melhor”, informou a empresa, por meio de sua assessoria.

Para pagar a dívida, a Galvão está disposta a abrir mão de uma das empresas do grupo, da área de saneamento básico, a Cab Ambiental, que possui contratos firmados com uma série de prefeituras. Além disso, pretende leiloar a concessão para operar a BR-153, sob o comando da autoridade de recuperação judicial. E ainda se desfazer de uma pedreira da região da Grande São Paulo. Juntos, esses ativos somam cerca de R$ 1 bilhão, dependendo do valor arrecadado em leilão.

Há ainda um crédito que possui com a Petrobras, estimado, segundo a Galvão Engenharia, em R$ 2 bilhões, por obras realizadas na unidade de fertilizantes que estava sendo construída no município de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul (MS), que foi suspensa pela estatal para economizar recursos. Hoje, a Galvão reivindica o pagamento pela obra na Justiça.

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