Presidente nacional do DEM, o prefeito de Salvador ACM Neto afirmou neste domingo, após votar na Faculdade de Administração da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no Vale do Canela, que o seu partido “vai ajudar e apoiar o governo se a agenda para o Brasil for compatível com os pensamentos” da legenda. E voltou a dizer que “são só especulações” as notícias de que a sigla negocia uma participação em um eventual governo Jair Bolsonaro (PSL) e que debate a permanência do presidente da Câmara Rodrigo Maia no posto.
“Mas não vou sentar para discutir a indicação de ninguém. Caso o governo queira, por decisão do presidente, escolher algum quadro do Democratas para integrar a equipe, essa será uma decisão exclusivamente do presidente, não do partido”, afirmou ACM Neto, defendendo também que “é legítimo que Rodrigo Maia queira se manter (na presidência da Câmara), porque fez um grande trabalho nesse período”.
Apesar da declaração, o dirigente do DEM garantiu que não há negociações sobre a reeleição de Maia em curso. “Nós não tratamos ainda de eleição para presidente da Câmara, isso vai começar a ser tratado só a partir de amanhã. Nós não tratamos disso com ninguém, não tratamos com o PSL e não tratamos com Bolsonaro”, disse.
Ele afirmou ainda que a posição do presidenciável do PDT Ciro Gomes, que decidiu não tomar lado entre Fernando Haddad (PT) e Bolsonaro no segundo turno das eleições 2018, “foi um recado altamente contundente do quanto Ciro está chateado com o PT”. Segundo ACM Neto, o pedetista já reclamava dos petistas no período em que negociava o apoio do Centrão – bloco composto por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade – à sua candidatura.
O prefeito de Salvador minimizou o crescimento de Haddad nas últimas pesquisas de intenção de voto e disse, convicto, que “finalmente hoje, depois de 16 anos, o PT vai ser derrotado no Brasil”. Para ele, “é óbvio que trata-se de uma eleição disputada”, mas “os números das pesquisas de ontem (sábado) dão absoluto conforto e tranquilidade”.
O líder do Democratas ainda pregou a união do País após as eleições, disse que “não existe clima de virada”, como defendem militantes petistas, e afirmou que uma possível vitória de Bolsonaro neste domingo, “é uma derrota do PT, e mais do que isso, de todo o mal que o PT fez ao Brasil esses anos”. Ele apelou à legenda, contudo, para que, “caso aconteça a vitória do Bolsonaro, eles respeitem o resultado das urnas, fazendo seu papel de oposição”.