O candidato à Presidência do PDT, Ciro Gomes, procurou demonstrar, nesta quarta-feira, tranquilidade pela ausência de uma aliança com os partidos do Centrão, que fecharam um acordo com Geraldo Alckmin (PSDB). O pedetista, no entanto, tentou atrair o bloco para sua candidatura.

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“Acho que Deus está me ajudando”, respondeu Ciro, em Ananindeua, no Pará, quando perguntado por um jornalista se estava mais tranquilo sem o Centrão. Na sequência, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou que Ciro não gostaria de estar no lugar de Alckmin. “Com certeza, não. É água e azeite, não se cruzam. Não dá para gente entender o que houve. Aliás, eu prefiro não entender, fica melhor e mais simples”, declarou Lupi.

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O presidente do PDT disse ainda que já não contava que o Centrão apoiasse Ciro. “O Centrão foi para debaixo da pena do tucanato, de onde eles nunca saíram. Nós nunca contamos, a gente não contava com aquilo que nunca teve. Teve uma abertura de conversa com a gente, conversamos com tudo mundo, a gente é democrata. Mas acho que eles seguiram o leito natural.”

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Lupi reforçou que o partido segue nas tentativas de aproximação com PSB e PCdoB e afirmou que a aliança de Ciro é “com o povo brasileiro”.

Ciro foi ao Pará para a convenção estadual do partido no Estado. Em seu discurso, ele atacou partidos vinculados ao governo do presidente Michel Temer. “Quem andou respondendo por crimes não vai se reciclar na política. A política não é meio de vida para bandido”, disse o presidenciável.

“Se toda essa gente é ladrão, se toda essa gente é corrupta, a turma do Temer e sua quadrilha, se todos eles, menos o Temer, que é um golpista, estão aí eleitos por nós, tem um problema. O tempo agora não permite mais erro”, discursou, afirmando que “é a política que resolve” os problemas do País e que não se pode dar espaço para “salvadores da pátria”.