O discurso que a presidente eleita, Dilma Rousseff, fará hoje na cerimônia em que ela e o vice, Michel Temer, serão diplomados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deverá inspirar-se no presidente Abraham Lincoln (1861-1865). Dilma acabou de ler uma biografia do cultuado líder norte-americano.
Como Lincoln, que em 19 de novembro de 1863 lançou a ideia de transformar os Estados Unidos numa grande nação, num discurso de apenas 272 palavras, o que Dilma fará no TSE também será muito curto. No cemitério da cidade de Gettysburg, onde ocorrera uma batalha com 7 mil mortos que definiria os rumos da Guerra da Secessão, Lincoln afirmou que os pais de todos os que estavam ali – vivos e mortos – tinham concebido uma nação consagrada ao princípio de que todos são iguais. Por aquele ideal tinham dado a vida para que a nação sobrevivesse.
Em sua fala, que será quase protocolar, Dilma pretende dizer que foi eleita presidente de todos os brasileiros, e não apenas dos que votaram nela, e que lutará sem tréguas para erradicar a pobreza e transformar o Brasil numa nação da qual todos possam ter orgulho no futuro.
A cerimônia de diplomação também deverá ser rápida, de no máximo uma hora, de acordo com informação do TSE. A cerimônia ocorrerá na sala de sessões plenárias do tribunal, que comporta, no máximo, 100 pessoas. Dessas, apenas 34 serão convidadas de Dilma e de Temer.