Começa nesta segunda-feira (4), o primeiro round da briga pelo comando do PMDB de Curitiba, na convenção marcada para o próximo dia 17. O grupo ligado ao senador Roberto Requião (PMDB) pretende formalizar sua candidatura à presidência do partido na capital propondo como candidato a vice-presidente o deputado estadual Alexandre Curi.

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Requião ainda não confirmou a candidatura, mas seus adversários internos já estão articulando o lançamento de uma chapa para disputar o partido na convenção da próxima semana. Os peemedebistas ligados ao ex-governador Orlando Pessuti e um grupo de deputados estaduais, composto por Reinhold Stephanes Junior, Cleiton Quielse e Antonio Anibelli Neto, está preparando a ofensiva, caso não haja entendimento sobre a composição da chapa.

O grupo rejeita a eleição de Requião para o comando do partido argumentando que o diretório deveria ser conduzido por um nome de consenso. A questão de fundo é a abertura do partido não apenas para o ingresso, mas também para garantir a candidatura do ex-deputado Gustavo Fruet à prefeitura de Curitiba.

A posse de Requião na presidência é vista como o fim das negociações para a entrada de Gustavo no partido. Embora tenha declarado que não tem veto à volta de Gustavo ao partido, o senador deixou claro que o ex-deputado não tem candidatura assegurada no partido e terá que disputar uma convenção com o ex-deputado Rafael Greca. “Se der Requião na presidência, acabou tudo”, prevê Stephanes Junior.

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Concessão

Alexandre Curi seria a concessão do grupo de Requião à ala oposta. O atual presidente do PMDB de Curitiba, Doático Santos, afirmou que, inicialmente, a proposta era lançar Greca como candidato a vice-presidente, mas a pedido dos deputados estaduais, Alexandre será convidado a compor a chapa.”Ele foi o presidente do Conselho Político do partido nos últimos quatro anos. Ele tem o apoio da maioria da bancada”, justificou Doático.

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Alexandre ainda não disse se aceita, mas está afinado com a posição de Requião. Ele declarou que Gustavo é bem-vindo no PMDB, mas não é o único nome que o partido tem para lançar à prefeitura. “O PMDB tem que estar aberto a todas às lideranças. Mas o partido não pode dar exclusividade a ninguém. Nós temos o Greca, o Stephanes e o Marcelo Almeida que também querem disputar a prefeitura”, declarou.

Para o líder da bancada estadual, Caito Quintana, mais do que nomes para assumir o comando do PMDB de Curitiba, o partido precisa definir uma nova estratégia para a disputa à prefeitura. “O consenso não passa pela escolha de Requião ou de outro nome. O consenso tem mais a ver com uma visão mais aberta do partido para as eleições municipais. O pré-requisito para o consenso está na abertura do partido para as filiações e a linha de indicação do candidato a prefeito”, comentou.