A guerra das revistas semanais, no segundo turno, ganhou mais um capítulo nesta semana. Veja, Época, Isto É e Carta Capital trazem denúncias contra os dois candidatos a presidente.
Veja e Época trazem diferentes acusações contra pessoas ligadas à Casa Civil e à ex-ministra Dilma Rousseff (PT), enquanto as outras duas exploram o sumiço de R$ 4 milhões da campanha de José Serra (PSDB). Mostrando Aécio Neves (PSDB) como super-homem na capa, a Veja traz acusação do deputado Roberto Rocha, do PSDB do Maranhão, que diz ter pago R$ 100 mil em propina, em 2007, para o advogado Vladimir Muskatirovic, assessor de Dilma na Casa Civil, para agilizar pendência na mudança societária da TV Cidade, do Maranhão.
Época mostra que o banco alemão KfW envolve Valter Cardeal, citado pela revista como “homem de confiança de Dilma Rousseff”, em fraude de 157 milhões de euros. Cardeal seria diretor da estatal Eletrobrás, indicado por Dilma.
A denúncia o acusa de envolvimento na emissão de garantias ilegais e fraudulentas para duas empresas privadas brasileiras obterem empréstimo internacional de 157 milhões de euros para construir sete usinas de biomassa no Rio Grande do Sul e no Paraná. O banco alega que Dilma soube do negócio em janeiro de 2006.
Isto É e Carta Capital apresentam reportagens semelhantes, resgatando a história de Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, retratado como responsável pelo sumiço de R$ 4 milhões da campanha tucana, dinheiro supostamente arrecadado por meio de caixa 2.
A Isto É ironiza a capa de Veja da semana passada, que trazia a contradição de Dilma sobre o aborto. Serra se contradiz dizendo que não conhecia Paulo Preto e depois que não só conhece como admira o trabalho do acusado.
A reportagem “O poderoso Paulo Preto” narra que após sofrer ameaças, Serra teria passado a defendê-lo. A revista também cita sete itens que carecem de melhor explicação no caso. Já a capa da Carta Capital pergunta: “O que é isso, José?”, também sobre Paulo Preto.