Com a situação política se deteriorando, ameaças de debandada da base e até movimentações de aliados indicando apoio a Rodrigo Maia (DEM-RJ) em uma eventual substituição no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer disse a interlocutores que vai até o fim. Fez isso na quarta-feira passada, em reunião ministerial convocada de última hora, e reiterou na quinta-feira, antes de embarcar para a reunião do G-20, na Alemanha.

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Para manter o discurso, Temer tem se apoiado na agenda econômica e, principalmente, vai trabalhar uma pauta positiva no Senado nesta semana, que inclui a votação da reforma trabalhista.

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A semana será decisiva para Temer. Assim que chegar da Alemanha, o presidente já avisou que pretende reunir ministros e líderes de bancadas. O objetivo será traçar estratégias para assegurar os votos dos deputados nas votações da denúncia contra ele na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário da Câmara. Temer é o primeiro presidente denunciado no exercício do cargo. Ele é acusado de corrupção passiva.

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O presidente vai telefonar para os deputados, até mesmo os que já sinalizaram votar a favor da admissibilidade da denúncia. O Planalto assegura que tem os votos para impedir o prosseguimento da ação proposta pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas teme as tradicionais traições.

Enquanto a Câmara está parada à espera da votação sobre a denúncia, Temer pretende usar temas como a aprovação da reforma trabalhista e o anúncio do Plano Safra de 2018, previstos para terça-feira, para vender a ideia de normalidade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo