Um estudo da Confederação Nacional dos Municípios revela que 11 dos 399 prefeitos do Paraná eleitos em 2008 já deixaram os cargos. A porcentagem dos prefeitos que não vão entregar o cargo ao sucessor que será eleito no próximo ano é de 2,8%. A maioria saiu depois de ter o mandato cassado ou morreram durante a gestão, mostrou o levantamento.

continua após a publicidade

No Paraná, cinco prefeitos tiveram seus mandatos cassados: Erivaldo Lourenço da Silva (PMDB) em Ângulo, Pedro Junior (PMDB) em Doutor Ulisses e Hilário Andrascho (PDT) em Palmas foram acusados de improbidade administrativa. O ex-prefeito Valmor Venderlinde (PP) de Eneas Marques foi punido por infração eleitoral e Milton Martini (PP) de Sarandi foi condenado em crime comum.

Apenas dois prefeitos renunciaram. O atual governador Beto Richa (PSDB), que abdicou da prefeitura de Curitiba para concorrer à eleição no no ano passado, e o deputado federal Zeca Dirceu que deixou a prefeitura de Cruzeiro do Oeste para ser eleito deputado federal.

Em Rio Branco do Sul, Porto Rico, Barbosa Ferraz e Cafeara, as mudanças foram provocadas por morte do titular. Em Barbosa Ferraz e Rio Branco do Sul, os ex-prefeitos foram assassinados.

continua após a publicidade

Ranking do país

No país, mais de 2% dos prefeitos não estão mais no comando dos seus municípios. Dos 5.563 municípios brasileiros, 126 tiveram troca de prefeito até fevereiro deste ano. A cassação de mandato lidera a lista dos afastamentos com 65,6% em todo o país.  Substituição por morte corresponde a 19,14%, a disputa por outro cargo a 13,1%, afastamento por doença, 32,3%, e renúncia a 4,3%.

continua após a publicidade

No plano nacional, o principal motivo para as mudanças foi a cassação de mandato, que corresponde a 65,6% dos casos (ou 84 de 128 trocas de prefeito). As cassações por infração à legislação eleitoral correspondem a 36,9% dos casos, e os atos por improbidade administrativa, a 38,1%.

O levantamento da CNM foi realizado a partir de dados da Justiça eleitoral, das associações estaduais de municípios e de uma pesquisa direta nas prefeituras.

No ranking por estados, o Acre, em termos proporcionais, é o local onde houve a maior troca de prefeitos: 13,6%. Amazonas, Espírito Santo, Piauí e Mato Grosso do Sul completam a lista dos cinco primeiros onde houve o maior número de afastamentos dos eleitos de 2008.