A situação no Iraque é "grave e em deterioração", quase quatro anos depois da invasão dos EUA, e a política do presidente George W. Bush para o país "não está funcionando". Essas conclusões constam do relatório do Grupo de Estudos sobre o Iraque, um comitê bipartidário formado para reavaliar a política norte-americana no país. "A capacidade dos EUA de influenciar os eventos dentro do Iraque está diminuindo", diz o relatório, apresentado no Congresso pelo ex-secretário de Estado James Baker e o ex-parlamentar democrata Lee Hamilton. O comitê sugere que os EUA "reduzam o apoio político, militar e econômico" ao Iraque se o governo iraquiano não mostrar um progresso substancial em questões de segurança.
O presidente Bush recebeu o relatório esta manhã, na Casa Branca e disse que estudará as propostas feitas e agirá "em tempo oportuno". O comitê advertiu que, se a situação no Iraque continuar a se deteriorar, "há um risco de o país escorregar para o caos, que poderia provocar o colapso do governo iraquiano e uma catástrofe humanitária. Países vizinhos poderiam intervir. A posição global dos EUA poderia ser diminuída. Os americanos poderiam ficar ainda mais polarizados", diz o texto. O comitê conclui que "tendo em vista a capacidade do Irã e da Síria de influenciar os eventos dentro do Iraque, e seu interesse em evitar o caos no Iraque, os EUA deveriam engajá-los construtivamente", diz o documento.
Com uma ofensiva diplomática em andamento, prossegue o relatório os EUA deveriam aumentar o número de soldados que atuam junto com o Exército iraquiano. Qualquer redução do número de militares dos EUA no Iraque ficaria para 2008, "sujeita a acontecimentos inesperados na situação de segurança".