O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira (20) que se Lula for reeleito, "a política monetária será mais flexível, tendo em vista que a inflação está sob controle". Ele explicou que considera como política mais flexível a tendência de queda nos juros e de aumento no crédito. Mantega reafirmou que o regime de metas para inflação será mantido e lembrou que a meta para 2007 e 2008 já está fixada em 4,5% ao ano pelo IPCA.
"Com a inflação tendo ficado abaixo da meta, isso dá maior grau de liberdade para baixar os juros", afirmou. Ele enfatizou que o objetivo é o centro da meta. "Mais ninguém pode se queixar de ter inflação baixa." Mantega disse também que o governo vai manter, num eventual segundo mandato, o superávit primário de 4 25% do PIB.
Após uma reunião com intelectuais e economistas no Rio, o ministro da Fazenda falou da diferença entre a candidatura do tucano Geraldo Alckmin, que considera conservadora, e a de Lula. "Tem uma candidatura conservadora que acha que o Estado deve ser mínimo e que o setor privado é mais eficiente do que o setor público", afirmou. "Nós entendemos que o Estado tem um papel importante no desenvolvimento", emendou. Ao citar genericamente os tucanos, afirmou que, por eles, se "privatiza tudo".
O ministro foi contestado por repórteres que lembraram que Alckmin nega que vá fazer privatizações. Mantega então citou opiniões de outros integrantes do PSDB a favor da privatização, como Luiz Carlos Mendonça de Barros.