O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos Luiz Eduardo Cheida esteve reunido nesta terça-feira (02) com técnicos do Greenpeace Internacional que vieram propor ações em parceria com o governo do Paraná em projetos de proteção da biodiversidade.

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O tema se deve à realização da Convenção da Diversidade Biológica, que acontecerá no Paraná em 2006 e onde o Greenpeace deverá cobrar a proibição do comércio de produtos transgênicos e também do avanço de fronteiras agrícolas sobre biomas de grande biodiversidade.

?Iremos atuar em parceria na realização de seminários regionais visando a popularização do debate sobre a Convenção da Biodiversidade e que grande parte da sociedade ainda desconhece?, afirmou o secretário Cheida.

De acordo com o diretor de Florestas, Oceanos e Biodiversidade do escritório do Greenpeace na Alemanha, Thomas Henningsen, o Governo do Paraná implantou uma política ambiental que coincide com as ações do Greenpeace. Ele citou como exemplo a proibição do transporte e comércio de madeira sem certificado de origem vinda da Amazônia e a proibição do plantio e comercialização de produtos transgênicos.

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?O Paraná deu um exemplo para o mundo ao proibir o plantio e a comercialização de transgênicos. Agora nós buscamos uma forma de coibir a comercialização de grãos plantados em áreas de desmatamento ilegal?, explicou Thomas.

O diretor citou como exemplo a soja vinda do Mato Grosso onde o cerrado ? ecossistema típico da região – foi extinto para o avanço das áreas de plantio de soja. ?O comércio para a soja plantada em áreas ilegais deve ser da mesma forma restringido?, concluiu Thomas.

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A proposta da entidade é que o Paraná seja parceiro no processo de rastreabilidade de plantios em áreas de desmatamento e que as empresas que produzem em áreas legais sejam certificadas.

Outra preocupação do Greenpeace é com a proposta de federalização e privatização do Porto de Paranaguá. Segundo o coordenador da campanha de engenharia genética do Greenpeace Brasil, Ventura Barbeiro, a entidade está acompanhando todo o processo. ?A federalização do Porto é uma perda para o Brasil. Hoje o Porto de Paranaguá é referência mundial na comercialização de grãos não-transgênicos?, afirmou Ventura.

Para o técnico da campanha de Florestas do Greenpeace Internacional, Cristoph Ties, a saída para o fim do desmatamento ilegal, principalmente na Amazônia, seria o incentivo ao manejo florestal.